
Um indicador elaborado pelo Instituto de Longevidade Mongeral Aegon aponta que Jundiaí é a 16ª melhor cidade do Brasil para envelhecer. Cidade se destacou em Educação e Trabalho, porém teve desempenho baixo em Saúde.
Destaque em Finanças, com uma dimensão do Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade que colocou Jundiaí em lugar de destaque, especialmente em consequência da baixa frequência de pessoas consideradas de baixa renda e aos bons números de contribuição à Previdência Social.
Porém, a assistência de serviços de saúde foi um assunto que o estudo solicitou atenção da administração da cidade e pela iniciativa privada. “A quantidade de leitos disponíveis e a cobertura municipal do CAPS apresentam-se fora do conjunto das 100 cidades de melhor desempenho, induzindo a colocação de Jundiaí fora do conjunto de 150 cidades de melhor infraestrutura para oferecer cuidados de saúde”.
Outro fator preocupante apontado foi o de violência no trânsito. “A quantidade de acidentes de trânsito com mortes parece ser o aspecto mais evidente em termos de promoção da qualidade de vida em Jundiaí: a cidade encontra-se no conjunto das 100 cidades de pior desempenho nesse quesito”.
Todas as informações sobre o desempenho da cidade pode ser conferido no site.
Desempenho de Jundiaí:
- Habitação: 57,5
- Saúde: 27
- Bem-Estar: 78,2
- Cultura e engajamento: 65,3
- Educação e trabalho: 80,8
- Finanças: 53,9
- Indicadores Gerais: 75,6
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Estado de São Paulo
No estudo, o estado de São Paulo concentra a maior parte das cidades do Brasil onde há melhores condições de vida para idosos. Conforme pesquisa elaborada, as dez primeiras posições do ranking são ocupadas majoritariamente por cidades paulistas.
As listagens completas de cada dimensão e do ranking geral do IDL podem ser conferidas no site da pesquisa.
Chamado de Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL), o indicador considera dimensões como cuidados de saúde, bem-estar, finanças, habitação, educação e cultura, além de indicadores gerais de desemprego, expectativa de vida e violência.
Entre as maiores cidades, São Caetano do Sul e Santos lideram a lista, que tem ainda São Paulo na quarta posição, Atibaia, na oitava, Catanduva, na nona, e Americana, na décima. Fora essas, Porto Alegre (RS) aparece na terceira posição, Florianópolis (SC), na quinta, Niterói (RJ), na sexta, e Rio de Janeiro (RJ), na sétima.
Já entre os municípios menores, os nove primeiros são cidades paulistas: Adamantina, Vinhedo, Lins, São João da Boa Vista, Itapira, Tupã, Fernandópolis, Votuporanga e Dracena. Esteio, no Rio Grande do Sul, completa o top 10.
O diretor executivo do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon, Henrique Noya, avalia que as cidades mais bem posicionadas da lista não necessariamente são as que têm mais dinheiro disponível para investir.
“Passa por uma questão de bom uso dos recursos, mas também pelo foco por naquilo que a gente considera importante para promover qualidade de vida”, afirma ele, que pondera que algumas cidades podem ser consideradas bons exemplos em alguma dimensão específica, apesar de terem uma colocação menos destacada no ranking geral: “Não existe uma cidade perfeita nos sete indicadores. Elas sempre têm alguma coisa para melhorar em algum ângulo”.
Desigualdade regional
As desigualdades regionais do país se apresentam também na lista de melhores locais para envelhecer: tanto o top 20 de cidades grandes quanto o top 40 de cidades pequenas não incluem municípios do Norte, Nordeste ou Centro-Oeste. Apesar disso, cidades dessas regiões que aparecem nas listas específicas de algumas dimensões. Ilhéus, na Bahia, e Bayeux, na Paraíba, estão entre as melhores no quesito Moradia e Habitação, e Ji-Paraná, em Rondônia, é uma das que se destaca em Cultura e Engajamento.
Henrique Noya lembra que o envelhecimento populacional é uma realidade no país e defende que o tema esteja presente nas eleições municipais deste ano. “É muito importante levar essa questão da mudança demográfica para todos os palanques. Na verdade, a gente vive em cidades e não no país. O núcleo principal da nossa vida é a cidade em que a gente vive”, afirma ele. “Uma cidade que está preparada para oferecer qualidade vida a uma população com mais idade, está muito preparada para oferecer isso a qualquer idade”.
Com informações da Agência Brasil.