
Jundiaí enfrenta um dos períodos de estiagem mais intensos dos últimos anos. A combinação de poucas chuvas, baixa umidade do ar e amplitude térmica elevada aumenta o risco de queimadas e prejudica a saúde da população.
Em maio e junho deste ano, a cidade registrou apenas 59 mm e 0 mm de chuvas, respectivamente, enquanto a média histórica para esses meses é de 76 mm e 99 mm. Apesar de julho ter apresentado o maior volume de chuvas dos últimos anos, com 61 mm, o cenário geral ainda é preocupante.
Para os próximos dias, segundo a Defesa Civil, as temperaturas sofrerão poucas alterações. A média máxima é de 26°C. Já as mínimas ficarão na casa dos 13°C. Não há previsão de chuvas.
Queimadas em Jundiaí prejudicam estiagem
As queimadas também são motivo de alerta. Nos meses de maio e junho de 2024, foram registrados 211 focos de incêndio em áreas de vegetação urbana de Jundiaí, um aumento significativo em relação ao mesmo período do ano passado, quando o número de ocorrências foi de 76.
Apesar do aumento no número de focos de incêndio, a área queimada em 2024 (63 mil m²) é menor do que em 2023 (65,1 mil m²). Isso se deve em parte aos cursos de capacitação para combate a incêndios, promovidos pela Defesa Civil, que já capacitaram cerca de 200 pessoas da sociedade civil.

Nível da represa de Jundiaí
De acordo com a gestão municipal, o nível da represa de Jundiaí está operando com 80% da capacidade, o equivalente a 7,4 bilhões de litros de água. o volume é considerado adequado para esta época do ano. A DAE Jundiaí também utiliza a reversão do Rio Atibaia para complementar o abastecimento.
Para minimizar os impactos da estiagem, a Defesa Civil de Jundiaí está coordenando o Plano de Contingência Operação Estiagem. O plano inclui diversas ações, como monitoramento da umidade do ar, campanhas de conscientização e cursos de capacitação.
A medição da umidade relativa do ar é realizada de forma escalonada e definida de acordo com a gravidade. Entre 30 e 100%, a situação é estável e cabe Observação. Entre 21 e 30% o estado é de Atenção. A situação passa a ser de Alerta quando está entre 12% e 21%. URA menor que 12% indica estado de Emergência.
A população também pode ajudar a combater os efeitos da estiagem adotando medidas simples em seu dia a dia, como evitar exercícios físicos nos horários mais quentes, manter a hidratação, não descartar bitucas de cigarro em ruas e matas, e economizar água.
Havendo necessidade, a população pode contatar a Defesa Civil pelo número 4586-0666 ou o 199. Quem quiser receber alertas, basta enviar um SMS com o CEP, para o número 40199.
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