Pipas em rede elétrica
Foto: Divulgação/CPFL

Após a retomada de atividades depois de meses restringindo saídas por causa da pandemia, crianças e adolescentes voltaram a brincar nas ruas. Mas, com isso, cresceram as ocorrências causadas por pipas na rede elétrica.

De acordo com um levantamento realizado pela CPFL Energia, 2022 apresentou número recorde de ocorrências. Os dados correspondem às quatro distribuidoras (CPFL Paulista, CPFL Piratininga, CPFL Santa Cruz e RGE).

Em 2020, primeiro ano de pandemia e com menor número de pessoas nas ruas, a brincadeira foi responsável por 8.133 ocorrências. Em 2021, quando ainda se falava em isolamento social, as ocorrências foram responsáveis por 8.654 casos. No entanto, em 2022, os casos cresceram 14% em relação ao primeiro, chegando a 9.298 casos de interrupções de energia causadas por pipas.

Região de Jundiaí

No ranking de ocorrências das cidades da Região de Jundiaí, o estudo apontou 824 ocorrências em 2022. Ainda assim, Jundiaí lidera a lista com mais casos de ocorrências por pipas (197 casos), seguida por Várzea Paulista (182) e Itu (124).

Confira a lista de casos de interrupção de serviço pela brincadeira

Foto: Divulgação/CPFL

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Ações de conscientização

“Todos os anos, por meio da campanha Guardião da Vida, realizamos ações de conscientização, incluindo atividades em escolas, onde conseguimos falar diretamente com as crianças”, conta Marcos Victor Lopes, gerente de Saúde e Segurança Trabalho do Grupo CPFL. “Levamos informação e alertas sérios, pois, além de interromper a energia – podendo atingir hospitais e comércios – oferece risco à vida de quem tentar retirar a pipa dos fios”, afirma.

Os cidadãos podem evitar desligamentos e acidentes causados pelas pipas, com alguns cuidados simples. Ao soltar pipa, é importante escolher um local longe da fiação elétrica, como campos abertos e parques. Mas lembre-se de não brincar perto de rodovias ou avenidas de intenso movimento, onde podem acontecer atropelamentos e acidentes graves.

Além disso, não tente resgatar uma pipa enroscada na rede elétrica e em subestações. Além de provocar desligamentos no fornecimento de energia, a ação pode causar acidentes fatais. Vale destacar que no Estado de São Paulo é crime utilizar cerol ou a chamada “linha chilena”, de acordo com a lei estadual nº 12.192, de 2006. Por conduzirem eletricidade, em contato com a rede elétrica, aumentam o risco de choques e descargas elétricas, além de oferecerem o risco de rompimento de cabos da rede e provocar curto-circuitos.