
Na manhã desta terça-feira (25), os jundiaienses se depararam com os portões dos terminais de ônibus fechados, por uma paralisação não anunciada dos motoristas do transporte público.
Depois de algumas horas de incerteza, a Unidade de Gestão de Mobilidade e Transporte (UGMT) informou em nota que os trabalhadores das empresas de transporte público retornaram aos postos, por volta das 8h. Todo o sistema deveria ser normalizado, ainda segundo a nota, em uma hora. A paralisação teria ocorrido devido à não vacinação da categoria contra a Covid19, conforme anunciou recentemente o Governo do Estado. O Sindicato dos Rodoviários de Jundiaí e Região ainda não se pronunciou oficialmente.
Em comunicado enviado à imprensa, a Prefeitura de Jundiaí informou que “é solidária à necessidade de vacinação contra a Covid19 aos trabalhadores do sistema de transporte público, tendo realizado diversas solicitações junto ao Governo do Estado para a liberação das doses para a categoria em Jundiaí. Até o momento, não houve informação da data da liberação das doses para o município”.
Jundiaí conta com atendimento em quantitativo superior à demanda, operando com efetivo equivalente à Fase Amarela do Plano São Paulo de Retomada Econômica. “Com relação às demais demandas, a UGMT está acompanhando as negociações entre concessionária, sindicato e trabalhadores, pontuando que o momento da economia é delicado devido aos reflexos da pandemia, e visando assegurar o equilíbrio e a prestação de serviço à população”, completou a Prefeitura.
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‘Precisamos ser vacinados’
Há dois meses, os profissionais do transporte público de Jundiaí já haviam paralisado o serviço para protestar. Na ocasião, coletivos ficaram estacionados das 10h às 13h. Paulo Ataíde dos Santos, presidente do Sindicato dos Rodoviários de Jundiaí e Região e diretor da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado de São Paulo, afirmou que a greve ocorreu após mortes de colegas de profissão, por Covid.
“Na quarta-feira (24 de março), tivemos o falecimento do 24° motorista da categoria. Queremos vacinas para todos, porém, nós estamos na linha de frente e precisamos ser vacinados”, afirmou