
A equipe do Consultório na Rua vem atuando na abordagem espontânea em Jundiaí, além do atendimento de chamados e atuação em cenas de uso de álcool e outras drogas, isso faz parte do novo protocolo intersetorial para o atendimento da população em situação de rua, principalmente nas regiões Central e de bairros como a Ponte São João e Jardim São Camilo. A proposta do novo protocolo é permitir que os diversos atores da rede possam articular o acesso dos usuários aos serviços oferecidos pelos Sistemas Únicos de Saúde (SUS) e de Assistência Social (SUAS).
Também atuam pelo protocolo intersetorial as equipes do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD III) e Unidades de Acolhimento, pela UGPS, e Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS) e Centro Pop, da Unidade de Gestão de Assistência e Desenvolvimento Social (UGADS), além da Guarda Municipal de Jundiaí (GMJ) e da Unidade de Gestão de Infraestrutura e Serviços Públicos (UGISP).
A equipe de Consultório na Rua atua de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, e tem realizado cerca de 350 atendimentos mensais, das quais 70 trata-se de usuários com acompanhamento regular. Entre os atendimentos oferecidos, estão desde as ofertas de insumos para redução de riscos e agravos à saúde, controle epidemiológico, auxílio na campanha de imunização, consultas médicas clínicas e enfermagem, além do acesso a exames, procedimentos e demais serviços da rede.
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No período das ações do programa, através da aplicação de questionário e autodeclaração por parte dos abordados, 60% declararam o uso de substâncias psicoativas. Em geral, os atendidos apresentam também histórico de rompimento dos vínculos sociais, afetivos e familiares, e a minoria (somente 19%) afirmam ter vínculos com familiares do Município.
O coordenador da equipe, Ilson Santos, explica as frentes de atuação do programa. “Atuamos basicamente em cinco frentes, de situações de vulnerabilidades sociais, que são: a mediação de conflitos comunitários; atenção às mulheres; atuação junto a usuários de substâncias psicoativas; questões relacionadas à prevenção e diminuição de agravo de riscos sociais na adolescência; e atuação nas possibilidades de inclusão social e geração de renda, por meio da inclusão no mundo do trabalho”.
Ilson explica ainda que as equipes atuam no levantamento de dados sobre os territórios, incluindo também bairros como Jardim Fepasa, Sorocabana e Ivoturucaia, para a elaboração de diagnósticos e desenvolvimento de estratégias e cuidados nessas cinco frentes.