O mês de setembro, desde 2014, é marcado pela campanha Setembro Amarelo, cujo foco é a prevenção da ocorrência de suicídios a partir de ações que visam a conscientização sobre o tema.

A programação das ações para a Campanha de Setembro Amarelo serão divulgadas ao longo do mês, com exceção do evento no dia 28 de setembro, através da TVTEC que tem o tema “Suicídio: Os laços com a vida: O que te faz ter vontade de seguir em frente?”, no Teatro Polytheama.

“O suicídio é um fenômeno complexo e multicausal e deve ser compreendido e abordado de forma ampla. Este é um mês muito importante. É fundamental falarmos sobre o tema, promovendo a prevenção ao comportamento suicida de forma efetiva”, ressalta o coordenador de Saúde Mental da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), Alexandre Moreno Sandri.

No mundo, infelizmente, cerca de 800 mil pessoas tiram a própria vida por ano. Em Jundiaí, no ano passado, 32 suicídios foram registrados, enquanto neste ano, são 16 até o mês de julho. A maior prevalência das vítimas são homens de 20 a 59 anos.

ipe_amarelo-compressed
Foto: Prefeitura de Jundiaí

Considerando a média dos últimos cinco anos (2017-2021), a taxa de mortalidade por suicídio é de 6,3 por 100 mil habitantes. A cidade está em condição similar a outras de mesmo porte.

“O cuidado com essa questão é uma das nossas preocupações. Jundiaí instituiu, por meio do Decreto n° 31.494, de 23 de julho de 2022, o Plano Municipal de Prevenção da Automutilação e do Suicídio e Cria o Comitê Permanente de Acompanhamento e Monitoramento do Plano Municipal de Prevenção da Automutilação e do Suicídio, para buscar ferramentas e fomentar ações de prevenções, junto com representantes de diversos segmentos do Poder Público e da sociedade civil”, comenta o gestor da Casa Civil, Gustavo Maryssael.

“Temos que nos colocar sempre pela valorização e dignidade da vida em todos os sentidos e de todas as formas. Não é somente sobreviver, mas sim construir histórias, sonhos, expectativas e projetos de vida, e o nosso Município faz sua parte quando instituiu política pública com olhar diretivo para a temática em atenção, informação e cuidados, dando, assim, mais força à programática do Setembro Amarelo como política pública efetiva”, acrescenta assessor de Direitos Humanos, Paulo Fernando de Almeida.

Rede de atendimento

A rede municipal de saúde promove uma atenção especial à área de saúde mental, por meio da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Além disso, são disponibilizados quatro Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), distribuídos com dois serviços para adultos (CAPS II e CAPS III), um serviço para crianças e adolescentes (CAPS Infantojuvenil) e um serviço para pessoas com necessidades decorrentes do uso de álcool e drogas (CAPS AD III).

O atendimento é realizado por equipes multidisciplinares com enfermeiros, psicólogos, terapeutas ocupacionais, médicos, técnicos de enfermagem, assistentes sociais, entre outros.

Não há necessidade de agendamento prévio ou encaminhamento de outro serviço para a realização do acolhimento, primeiro atendimento no serviço. O CAPS III e o CAPS AD III operam 24h, com condições de atendimentos para casos mais leves, até os que necessitam de hospitalidade integral, ou seja, permanência diuturna no serviço.

Além disso, as 35 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), apoiadas por oito equipes do NASF (Núcleo Ampliado de Saúde da Família), também prezam a saúde mental do munícipe.

A RAPS conta, ainda, com uma equipe de Consultório na Rua, voltadas aos usuários que se encontram em situação de altíssima vulnerabilidade e que não conseguiriam acessar os serviços de saúde tradicionais. 

Outros pontos desta rede incluem o Centro de Convivência, Cultura, Trabalho e Geração de Renda (CECCO), as Unidades de Acolhimento, os Serviços Residenciais Terapêuticos e a enfermaria de retaguarda de Saúde Mental no Hospital São Vicente de Paulo.

[tdj-leia-tambem]