Vacinação contra a febre amarela.
Foto: Prefeitura de Jundiaí

Com o objetivo de proteger a população e evitar novos casos de febre amarela, a Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS) de Jundiaí vem intensificando suas estratégias de vigilância, controle e conscientização sobre a doença. Transmitida por mosquitos e considerada uma infecção grave, a febre amarela pode ser evitada com a vacinação — principal medida recomendada para quem vive ou frequenta áreas de mata.

A gestora da UGPS, Dra. Márcia Facci, reforça que manter o esquema vacinal atualizado é essencial:

“A vacina é segura, gratuita e está disponível nas Unidades Básicas de Saúde. Antes de se deslocar para regiões de mata ou áreas consideradas endêmicas, é essencial estar vacinado com pelo menos 10 dias de antecedência. Esse cuidado é fundamental para evitar casos graves da doença”.

Em 2025, a cidade registrou dois casos: um óbito de morador local e um visitante que sobreviveu à infecção, o que reforça a necessidade de atenção à imunização e vigilância em áreas de risco.

Monitoramento ambiental com foco na prevenção

A Vigilância em Saúde Ambiental (VISAM), vinculada à UGPS, é responsável pelo controle da circulação do vírus em Jundiaí. Entre as ações realizadas está o monitoramento de animais silvestres, especialmente macacos, que funcionam como sentinelas para detecção precoce da doença.

“Monitoramos sistematicamente os primatas e recolhemos material biológico de animais mortos para análise. Até o momento, não houve detecção recente de febre amarela em primatas no município”, informa Luis Gustavo Grijota Nascimento, coordenador da VISAM.

Como os casos registrados são do tipo febre amarela silvestre — transmitida por mosquitos que habitam matas —, não há necessidade de controle vetorial ativo. Ainda assim, a VISAM mantém atenção nas áreas com presença do Aedes aegypti, mosquito que também pode, eventualmente, transmitir o vírus.

Papel da população no combate à febre amarela

Além da vacinação, a população deve adotar outras medidas preventivas:

  • Usar roupas adequadas e repelentes ao entrar em áreas de mata;
  • Comunicar imediatamente à VISAM ao encontrar macacos mortos ou doentes;
  • Respeitar a sinalização em áreas de risco.

“A principal medida é se vacinar. Além disso, ao entrar em áreas de mata, é importante adotar cuidados como o uso de repelentes e roupas adequadas”, reforça Grijota.

Vacina contra febre amarela está disponível em todas as UBSs

A Vigilância Epidemiológica de Jundiaí informa que a vacina está disponível em todas as 35 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade. A cobertura vacinal entre crianças menores de um ano está em 88,02%, abaixo da meta de 95% estipulada pelo Ministério da Saúde.

A recomendação é que toda a população esteja vacinada, inclusive crianças a partir de seis meses de idade. Grupos como idosos, gestantes e lactantes devem passar por avaliação médica antes da aplicação.

Para alcançar áreas de difícil acesso, a vacinação também ocorre de forma itinerante, casa a casa, nas regiões rurais do município.

Sinais de alerta e orientação médica

Entre os principais sintomas da febre amarela estão:

  • Febre súbita;
  • Icterícia (amarelamento da pele e olhos);
  • Hemorragias;
  • Sinais de insuficiência hepática e renal.

Ao identificar qualquer um desses sintomas, a orientação é procurar atendimento médico imediato.

Placas de alerta reforçam cuidado nas áreas de mata

Sinalização reforça cuidados em regiões de mata (Foto: Prefeitura de Jundiaí)

Como parte das ações de prevenção, a cidade instalou placas de alerta em pontos estratégicos de acesso a áreas de mata e bairros próximos, como nas regiões indicadas pelas UBSs Maringá e Eloy Chaves e pela Fundação Serra do Japi.

A medida foi tomada após o registro do óbito de uma pessoa não vacinada.

“O objetivo é alertar e informar a população. É importante que essas placas sejam respeitadas e mantidas íntegras, pois servem como fonte essencial de orientação para quem transita pelas áreas de risco”, destaca Grijota.

A VISAM atua em parceria com diversos órgãos, como a Vigilância Epidemiológica, UGPUMA, UGAAT, Fundação Serra do Japi, Associação Mata Ciliar e o Instituto Adolfo Lutz, que realiza a análise das amostras coletadas.

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