Foto de agente vistoriando residência
População de Jundiaí mantém criadouros do Aedes aegypti nos quintais, aponta levantamento (Foto: Reprodução/Prefeitura de Jundiaí)

Com o término do levantamento do Índice de Breteau (IB), que verifica a existência e a quantidade de larvas do mosquito Aedes aegypti existentes no município, a Vigilância de Saúde Ambiental (VISAM) de Jundiaí identificou a persistência da população em manter recipientes que podem se transformar em criadouros do mosquito no interior das residências.

Apesar de o valor do índice IB ter sido menor que o registrado no mesmo período do ano passado (1,7 em 2020 e 3,5 em 2019) o risco da ampliação nos casos de arboviroses permanece.

Nas 3,5 mil habitações que foram visitadas, a equipe 4,5 mil artigos, como pratos para plantas, latas, garrafas, frascos, baldes e pneus, que possibilitam a criação da larva do mosquito.

Os números mostram que apesar de todo o trabalho de conscientização e orientação realizado ao longo do ano pelos agentes comunitários de saúde no período de chuvas, as pessoas ainda não mudaram os hábitos ou adotaram os cuidados contra as arboviroses como regra.

Durante levantamento, foram identificados 4.527 materiais com potencial risco para ser criadouros nas residências visitadas. “Número é igual ao registrado no ano passado, quando foram localizados 4.528 e tivemos mais de 2,8 mil casos confirmados de dengue na cidade”, alerta gerente do VISAM, Carlos Ozahata.

Para a pesquisa do IB foi trabalhada área com 5.174 residências, com 3.591 vistorias, o que resulta na média de 1,3 objeto que pode acumular água por residência.  A média do ano anterior foi de 0,7 objeto por imóvel, ou seja, quase o dobro de um ano para o outro.

A incidência de doentes no ano passado teve como pico os meses de março a maio, mesmo período de grande registro no ano de 2015, outro ano com mais de 3 mil casos positivos de dengue. “Por isso, é necessário que a população faça a sua parte e elimine os inservíveis dos quintais, os pratos aparadores das plantas e os demais materiais que possam acumular água e servir para o mosquito transmissor fazer a colocação dos ovos”, alerta Carlos Ozahata.

Até a última quarta-feira (11), data da divulgação do Boletim Epidemiológico, Jundiaí conta com 310 casos notificados, sendo 34 casos confirmados (23 importados e 11 autóctones), 56 aguardam resultado e 220 negativos e descartados.

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