
Oficilamente entrou em vigor a nova tarifa de importação dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros — e Jundiaí está entre os municípios paulistas mais prejudicados. Com a medida, a alíquota sobe de 10% para 50%, impactando diretamente as exportações locais.
Segundo levantamento do Estadão, com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o prejuízo estimado para Jundiaí é de US$ 187,1 milhões.
Os principais produtos atingidos pela nova cobrança são máquinas, aparelhos e materiais elétricos. Além disso, equipamentos de gravação e reprodução de som e imagem.
Apesar de uma lista com 694 exceções que excluem itens como suco de laranja, celulose e aviões da Embraer, produtos relevantes da pauta de exportações de Jundiaí não escaparam da sobretaxa.
O levantamento do Estadão considera os 30 principais produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos em 2024. Dessa forma, tem exceção do aço, alumínio e madeira, já taxados anteriormente pela chamada Seção 232.
Além de Jundiaí, outras cidades paulistas com forte perfil industrial também terão impactos negativos. Piracicaba lidera a lista com um impacto estimado de US$ 1,3 bilhão, seguida por Matão (US$ 519,7 milhões) e a capital São Paulo (US$ 350,9 milhões).
O presidente Donald Trump anunciou a nova medida no dia 30 de julho e acende um sinal de alerta entre os exportadores brasileiros. A taxação extra sobre mercadorias específicas pode comprometer a competitividade dos produtos nacionais no mercado americano, com perdas bilionárias para a economia.
Em Jundiaí, a medida repercute de forma preocupante. Com sua vocação industrial e tecnológica, a cidade depende fortemente da performance exportadora de suas empresas — e o aumento nos custos pode afetar a rentabilidade do setor, impactando também na geração de empregos e nos investimentos locais.