
Os técnicos da Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) de Jundiaí realizaram durante a primeira quinzena de outubro uma avaliação para identificar o Índice de Breteau (IB), que por meio de uma escala, mostra se os bairros, e o município em geral, estão com focos possíveis para criadouros de larvas do Aedes aegypti, o mosquito da dengue e transmissor da chikungunya, zika e febre amarela.
O levantamento, realizado em quase 6 mil imóveis, indicou que de acordo com a classificação do IB, que a média da cidade foi 0,30 (de 0 a 1, os índices são satisfatórios). Ao longo do ano, mais de 90 mil residências foram visitadas.
As regiões Agapeama, Jardim do Lago, Santa Gertrudes, além de Caxambu, Colônia, Ivoturucaia, Jardim Pacaembu, Tamoio, Jundiaí Mirim e Vila Nambi, no entanto, tiveram índice IB 1, colocando as áreas em alerta, principalmente nos períodos de chuvas e altas temperaturas.
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Segundo a escala IB, caso o resultado esteja entre 1 a 3,9 a situação é de alerta e valores acima destes, são classificados como risco.
Segundo a biomédica da UVZ, Ana Lúcia de Castro, a cidade vem sendo trabalhada, intensamente, todos os anos, com orientação sobre a necessidade de eliminar qualquer objeto que possa acumular água e servir de criadouro para os mosquitos, entre eles, os pratos de vasos, vasos, ralos externos e lonas (plásticos), mas ainda assim durante a pesquisa, foi identificado que algumas pessoas não têm esse cuidado para evitar os focos. “Dos 5,9 mil imóveis visitados, aproximadamente a metade contava com objetos passíveis para criadouros”, alerta a especialista. “A eliminação de pratos e vasos, além de outros materiais susceptíveis para o acúmulo de água, é um trabalho que a população precisa fazer para evitar as doenças”, orienta.
O trabalho de pesquisa contou com apoio de soldados do 12º Grupo de Artilharia de Campanha Barão de Jundiahy, nos dias 3 e 4 de outubro.
Orientação
A receita é antiga. É preciso eliminar qualquer objeto que possa acumular água. Bebedouro de animais devem ser lavados com sabão e bucha e caixas d’água precisam de tampas. Cuidar do tratamento das águas de piscinas, evitar acúmulo de água em lajes descobertas, além de eliminar os pratos e aparadores de vasos são atitudes importantes.
“Somente com o trabalho em conjunto será possível evitar que as arboviroses entrem nas nossas casas, bairros ou cidade, novamente”, ressalta.