
A moradora do bairro Moradas das Vinhas, em Jundiaí (SP), de 29 anos, Juliane Carvalho Marcarin, enfrenta um problema que afeta sua saúde física e psicológica: a obesidade mórbida.
Juliane conta que desde criança sofreu com a obesidade, fez acompanhamentos, dietas, passou com vários especialistas, mas como sofre de ansiedade tudo se tornava mais difícil.
A situação se agravou após o nascimento de sua primeira filha. Ela descobriu uma traição do ex-companheiro, teve depressão pós-parto e acabou ganhando mais peso. No mesmo período, que ela tinha adotado um sobrinho, filho de sua irmã que é usuária de drogas.
Com a separação, ela foi morar com os pais em um apartamento. Mas, depois ela engravidou e teve seu terceiro filho e foi morar com o atual parceiro em Várzea Paulista (SP). “Meu marido ficou desempregado, minha depressão piorou, pois eu estava com três crianças para cuidar, sempre trabalho, passando necessidades”, recorda.
Hoje, seu esposo ganha R$ 1 mil e ela trabalha como manicure, mas por conta do peso, dificuldade de se locomover e dores musculares, Juliane atende apenas em sua casa.
“Cada dia me sinto pior, não consigo nem dar banho nos meus filhos. Tenho dores nas costas, falta de ar, dores nos joelhos, pressão alta, não consigo sair sozinha”, revela.
“Sofro preconceito, pois preciso ir na escola dos meus filhos ou em consultas médicas e preciso de ajuda para me locomover e as pessoas não me entendem e comentam”, desabafa.
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Hoje, pesando mais de 150 quilos, Juliane decidiu ir atrás de uma cirurgia bariátrica, procedimento para perder peso a longo prazo, para ter qualidade de vida. “Procurei na Unidade Básica de Saúde, mas não tive retorno. Então, consegui no Paraná, lá é mais rápido. No entanto, terei custos com passagens e hospedagem neste período”, detalha.
Para arrecadar o dinheiro, Juliane decidiu fazer uma vaquinha online para arrecadar R$ 3 mil e recebeu todo apoio de amigos e familiares. “Comecei a pesquisar e até conheci pessoas em Jundiaí que já fizeram o procedimento. Renovei minhas esperanças e senti alegria de novo!”.
“Quero poder trabalhar, viver, dar atenção que meus filhos precisam, brincar com eles, levar para passear”, diz entusiasmada.
Juliane ainda ressalta que só tomou a decisão de fazer a vaquinha por não ter condições financeiras. “O pouco que consigo fazendo unha dá apenas para compras as coisas para as crianças, pois o que meu marido ganha só dá para o aluguel”, detalha.
Clique aqui para ajudar Juliane a ter qualidade de vida.