Após 11 anos sem realizar um levantamento epidemiológico de saúde bucal, Jundiaí se prepara para iniciar uma nova pesquisa que promete aprimorar o planejamento da rede municipal de saúde.
A iniciativa, conduzida pela Secretaria de Promoção da Saúde, reforça o compromisso da gestão com a melhoria contínua dos serviços públicos e com a redução das desigualdades no acesso ao atendimento odontológico.
Diferentemente das edições anteriores, o estudo utilizará uma metodologia atualizada, já aplicada em cidades como São Bernardo do Campo e São Paulo. O objetivo é garantir um retrato mais preciso das demandas dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), permitindo diagnósticos mais eficientes e ações mais assertivas.
Capacitação forma equipes para o novo estudo
O levantamento está previsto para começar em fevereiro de 2026. Para isso, profissionais da rede passaram por uma capacitação na Escola de Gestão Pública, ministrada pelo mestre e doutor Antônio Carlos Frias, professor da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP).
Especialista em pesquisas populacionais em saúde bucal coletiva, Frias compartilhou metodologias e experiências que servirão de base para o trabalho local.
“O encontro com o professor aqui em Jundiaí foi essencial para sensibilizar as equipes que, em breve, vão realizar o trabalho de pesquisa em parceria com a USP”, afirma a diretora de Planejamento, Gestão e Finanças da Secretaria de Promoção da Saúde, a cirurgiã-dentista Andreia Pinto de Souza.
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Como será feita a coleta de dados?
Segundo Andreia, a próxima etapa será a coleta de informações ao longo de um mês, com atuação diretamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), escolas municipais e domicílios de moradores previamente mapeados com mobilidade reduzida.
O objetivo é construir um panorama completo da saúde bucal do município, considerando as características e necessidades de cada região.
A diretora destaca a importância estratégica da iniciativa:
“O levantamento epidemiológico é uma ferramenta fundamental que nos permite planejar ações e reorientar a alocação de recursos financeiros para a implementação de políticas públicas efetivas, sempre com foco na redução das desigualdades e no acesso igualitário aos serviços de saúde por parte da população”, completa.
