
Com oito anos de idade, Luíza Cizzoto Coelho já precisou enfrentar o que foi talvez uma das maiores batalhas de sua vida. Ela foi diagnosticada com leucemia linfoide aguda e passou por 2 anos e meio de tratamento até tocar o sino no Hospital da Criança, o Grendacc, celebrando sua alta.
“É uma alegria muito grande. Uma felicidade imensa!”, diz a mãe Paula Ferreira Cizotto, de 27 anos, sobre o sentimento de ver a filha concluindo o tratamento com sucesso. “Foram momentos difíceis, mas Deus nos deu força”.
A família que hoje mora em Itatiba recebeu o diagnóstico quando residia em Itupeva. Luíza lembra de ir até a unidade de saúde do município e ouvir que a filha estava apenas com a garganta inflamada.
“Voltamos para casa, mas a febre não cessava. Todos os dias, sempre no mesmo horário. Retornamos ao hospital e fizemos um exame de sangue. Ali o médico já viu que a contagem de plaquetas estava muito baixa”, recorda.
O diagnóstico caiu como uma bomba. Era difícil de acreditar que a filha, com apenas oito anos, passaria por um tratamento tão agressivo.
“No começo não contamos para ela. Eu fugia disso, de falar, eu mesma não queria aceitar”, confessa a mãe.
A consciência, o acolhimento e a orientação chegaram em boa hora.
“O Grendacc foi um verdadeiro anjo na nossa vida. Eles me explicaram, foram muito cuidadosos, me passaram calma. Eu entendi que a primeira pessoa que tinha que aceitar era eu”.
Luíza sofreu ao saber que perderia os cabelos longos, mas a mãe, instruída pelos psicólogos e colaboradores do Grendacc, soube acalmar a filha. A família deu as mãos e enfrentou a doença. Todos juntos.
Rede de apoio
Mais do que médicos especializados e conhecimento vasto no tratamento do câncer, o Grupo de Defesa da Criança com Câncer de Jundiaí oferece algo tão valioso quanto: uma rede de apoio.
As mães e pais criam uma corrente do bem. Trocam experiências, se apoiam nos momentos difíceis, fazem suas orações.
Foi ali que Paula encontrou força quando Luíza foi levada para a UTI por causa de uma infecção inesperada. Foi com a ajuda das colegas de luta, que conseguiu realizar, com sucesso, uma campanha para arrecadação de bolsas de sangue.
“Para muitas pessoas, falta informação: que tem cura, que vai dar certo. Lá, eu recebi essa informação. Viramos uma família”, pontua Paula. Sobre o Grendacc, faltam palavras de gratidão. “Dos médicos a funcionárias de cozinha, sempre me trataram com muito cuidado, com muita verdade”.
Não à toa, o tocar do sino virou evento. Além da família, funcionários também participaram do momento de celebração da vitória de Luíza.
“Vamos levar todo mundo no coração. Para sempre”, disse a mãe, ao abraçar a filha Luíza, agora, recuperada do câncer.
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