Casinha
Foto: Canva

O mercado imobiliário de Jundiaí e região encerrou o mês de maio com resultados contrastantes: forte crescimento nas vendas de imóveis residenciais usados e significativa retração nas locações.

Os dados são do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CRECISP), que apontam uma alta de 57,50% nas vendas em relação a abril, acumulando avanço de 39,05% no ano. Por outro lado, o setor de locação caiu 44,35% no mês, ampliando a queda acumulada para -71,97% em 2025.

Venda de imóveis dispara em Jundiaí

Segundo o levantamento, apartamentos lideraram o mercado de vendas em maio, representando 62% das transações, enquanto as casas ficaram com 38%. A preferência recaiu sobre imóveis de padrão médio e alto, com destaque para apartamentos de dois dormitórios (58,8%) e casas com três dormitórios (56,3%).

A área útil predominante entre os apartamentos vendidos ficou entre 51 m² e 100 m² (58,8%), e no caso das casas, a maior parte tinha mais de 100 m², sendo que 43,8% estavam na faixa de 101 a 200 m².

As transações se concentraram principalmente em regiões centrais (45,5%), seguidas por bairros periféricos (30,9%) e nobres (23,6%). A faixa de preço média superou os R$ 500 mil, refletindo a valorização imobiliária da cidade.

Financiamento impulsiona o setor

O financiamento habitacional foi responsável por 71,1% das vendas (46,7% pela Caixa Econômica Federal e 24,4% por outros bancos), enquanto 22,2% dos compradores optaram pelo pagamento à vista. Apenas 6,7% dos negócios foram fechados diretamente com o proprietário. A maioria das unidades foi vendida sem descontos — 57,6% —, o que reforça a demanda aquecida no segmento.

Locação sofre retração, mas mantém padrão elevado

Após meses de crescimento, o setor de locações registrou retração em maio. Mesmo com a queda, a preferência do público permaneceu por imóveis de padrão intermediário a superior, com apartamentos representando 57% dos contratos e casas, 43%.

A faixa de valor mais praticada para aluguel foi entre R$ 2.500 e R$ 3.000 (25%), seguida por imóveis entre R$ 3.501 e R$ 4.000 (18,8%) e de R$ 1.751 a R$ 2.000 (18,8%). O seguro fiança liderou entre as garantias locatícias, sendo utilizado em 46,8% dos contratos.

As principais motivações para mudança foram a busca por imóveis com aluguel mais barato (40,7%) e por padrão superior (37%), evidenciando tanto ajustes financeiros quanto melhoria na qualidade de moradia.

Investimentos impulsionam valorização imobiliária

O aquecimento do mercado de vendas está diretamente ligado ao cenário econômico positivo da região. Jundiaí tem se destacado por receber investimentos em infraestrutura, mobilidade urbana, polos logísticos, parques industriais e projetos habitacionais sustentáveis.

Entre os principais destaques estão a ampliação do Distrito Industrial, a modernização do Aeroporto de Jundiaí e a expansão do sistema viário, que elevam a atratividade da cidade para novos moradores e empresas.

Expectativas otimistas para o mercado

Para o presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto, o cenário é promissor:

“Os dados reforçam a confiança no mercado imobiliário da região de Jundiaí, que segue aquecido nas vendas, impulsionado por investimentos públicos e privados, pela qualidade de vida oferecida e pela posição estratégica da cidade. A expectativa é de que o segmento de locação também se estabilize nos próximos meses, acompanhando os ajustes naturais do mercado”.

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