Chamada de vídeo com foto antiga de prédio de Jundiaí
Foto: Prefeitura de Jundiaí

As ações do Mês do Patrimônio Histórico e Cultural de Jundiaí continuam e, na tarde desta segunda-feira (09), trouxe uma palestra sobre a importância das fontes históricas para a preservação da Memória e da História da cidade.

A palestra contou com a presença do historiador Paulo Vicentini, que é o diretor do Departamento de Museus da Unidade de Gestão de Cultura (UGC), responsável pelo Museu Histórico e Cultural – Solar do Barão e pelo Arquivo Histórico do Município.

Durante a apresentação, Vicentini reforçou a importância de documentos, objetos da cultura nacional, prédios, fotografias e jornais, que podem recontar a História de Jundiaí. Além disso, também destacou como, na contramão da realidade no Brasil, Jundiaí vem atuando pela preservação destas memórias.

“A Prefeitura de Jundiaí está tendo a paciência política de reconstruir a memória da cidade, consolidando um projeto elaborado de preservação, tendo a coragem de fechar equipamentos para revitalizá-los, como foi feito no Solar, e investindo em recursos humanos, financeiros e de infraestrutura”, explica Paulo.

“Trata-se de políticas adotadas para além de um mandato constituído, mas de políticas de Estado, capazes de garantir a preservação do patrimônio ao povo pelo menos até 2030.  Algo que vai na contramão da realidade nacional, que tem passado pelo sucateamento das instituições responsáveis pela preservação e vê seu acervo queimar em chamas”, disse o diretor, se referindo aos incêndios no Museu Nacional, em 2018, e na Cinemateca Brasileira, no mês passado.

Planos

Em sua palestra, Paulo também compartilhou como a Prefeitura de Jundiaí vem trabalhando para a constituição legal do acervo e do Museu da Cia. Paulista.

De acordo com ele, o Departamento atua com o seguintes escopos do trabalho: os indígenas, africanos e afrodescendentes, trabalhadores, migrantes – sejam eles nordestinos ou sulistas, sírios ou japoneses – “além das atas da Câmara Municipal desde 1656, uma das mais completas do Brasil, já que o trabalho dos vereadores ajuda a contar parte significativa da história de Jundiaí”, detalhou.

Vicentini explicou ainda a gestão municipal consolidou diversas iniciativas nesses vetores como, por exemplo, as entrevistas do programa “E também por mim Jundiaí se fez grande“, que traz relatos de pessoas renomadas na cidade com mais de 70 anos; e a recuperação da memória dos ferroviários e ferroviárias da cidade, em fase de pré-elaboração para a execução das principais entrevistas, que irão compor o banco de dados do Museu da Cia. Paulista.

A palestra já aconteceu, mas a organização deixou o conteúdo salvo e disponível no YouTube, confira:

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Programação

A próxima atividade da programação do Mês do Patrimônio acontecerá nesta terça-feira (10), às 19h, com o “Colóquio do Samba – homenagem ao Samba Paulista”. A ação será transmitida pelos canais da Cultura de Jundiaí, no Facebook e YouTube.

O colóquio terá como mediador William Paixão e como convidados para debater o tema o sambista e sociólogo Tadeu Augusto Matheus (Tadeu Kaçula), a historiadora, musicista e doutora em História Social a Lígia Nassif Conti e o músico e professor da PUC São Paulo Amailton Magno Azevedo.

Além disso, entre os dias 25 e 28 de agosto, o Mês do Patrimônio ainda traz a 9ª edição do Simpósio sobre o Patrimônio Material e Imaterial, com o tema “Turismo, território e educação patrimonial: desafios no contexto da pandemia da Covid-19”.

Confira a programação completa no site do evento.