Cinco pessoas em chamada de vídeo
Foto: Prefeitura de Jundiaí

Agosto ainda não terminou, isso quer dizer que a programação do Mês do Patrimônio Histórico e Cultural de Jundiaí também não. Na noite desta terça-feira (11), aconteceu a mesa redonda “Colóquio do Samba – homenagem ao Samba Paulista”. O encontro contou com a participação da historiadora Ligia Nassif Conti, o sambista e sociólogo Tadeu Kaçula, o músico e professor da PUC/SP Amailton Magno Azevedo.

O encontro online foi transmitido pelos canais da Cultura de Jundiaí no Facebook e YouTube, mas, para quem não pôde acompanhar ao vivo, a organização salvou o conteúdo da mesa redonda e disponibilizou no canal [veja abaixo].

Participações especiais

Logo na abertura do encontro, Ligia Conti falou sobre o descompasso existente entre os trabalhos de pesquisa e a fala dos sambistas paulistas, que merecia ser estudada. “Nos últimos dez anos, o samba paulista, que nasceu no interior, vem sendo pesquisado pois a sua riqueza é imensa. O samba sendo reconhecido como patrimônio de cultura imaterial nos possibilita definir o que ser preservado e divulgado, construindo assim a sua história”, comentou.

Já Tadeu Kaçula traçou a evolução do samba paulista, trazendo reflexão desde os batuques do interior paulista – jongo, tambu, o samba de bumbo -, a importância do trabalho de Dionísio Barbosa, fundador do Grupo Barra Funda, a influência do futebol de várzea na formação dos primeiros cordões carnavalescos, que deram origem a escolas de samba, passando pela oficialização do carnaval de rua de São Paulo, a construção do Sambódromo, palco do Carnaval Paulista e o ressurgimento dos blocos carnavalescos pelos diferentes bairros da cidade, chegando a reunir no centro da Capital mais de um milhão de pessoas.

Além disso, o músico e professor Amailton Magno Azevedo abordou a arte, a música e a cultura negras, mostrando que o samba nasce das vivências negras já no contexto da urbanização, destacando a importância do compositor Geraldo Filme que em sua obra traz a sua história pessoal, que permitiu traçar a tradição histórica do samba de São Paulo.

Assista ao conteúdo completo aqui:

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Preservação de patrimônio

De acordo com o diretor do Departamento de Patrimônio Histórico da Unidade de Gestão de Cultura de Jundiaí, Elizeu Marcos Franco, a homenagem ao Samba Paulista mostrou a importância da preservação deste patrimônio cultural imaterial para as gerações futuras.

“Quando falamos em patrimônio, surgem sempre as tradicionais perguntas: O que preservar? Como preservar? Por que preservar? E para quem preservar? Nesta noite nossos convidados nos deram todas essas respostas, garantindo aos mais novos e aqueles que nos sucederão o conhecimento sobre o Samba Paulista, sua história”, finalizou o diretor.

Confira no hotsite do evento a programação completa do Mês do Patrimônio Histórico e Cultural de Jundiaí.