Na última terça-feira (09), comerciantes e moradores da Vila Maringá, em Jundiaí (SP), preparam uma festa surpresa para uma pessoa muito especial, o ‘Patchu’. Morador de rua há mais de 40 anos no bairro teve sua primeira festa de aniversário.
Valdir do Nascimento Nugnes, o Patchu, fez 59 anos com muito estilo, ele recebeu dos comerciantes do bairro um dia de ‘príncipe’, com cabelo e barba feitos, roupas e sapato novo para sair bonito em sua festa, que foi realizada no Bar do Luis.
“Tá ótimo, se melhorar estraga esse dia! Esta é a festa que nunca tive na vida, me sinto feliz!”, disse Patchu ao G1.
LEIA TAMBÉM:
Casal acolhe moradores de rua e seus animais em noites congelantes de Jundiaí
‘Operação Noites Frias’ fez mais de 200 abordagens nas ruas durante feriado
Realizar o sonho de Patchu
Tudo começou com Luís Carlos da Silveira, proprietário do bar, onde ocorreu a festa surpresa na Vila Maringá. Ele conhece Patchu há muito tempo, inclusive prepara uma marmita todos os dias pra ele, de acordo com Mayara Domingos, nora de Luís.
Mas, em certo dia Luís achou o documento de Patchu caído e descobriu a data de aniversário. Então, teve a ideia de colocar uma garrafa no bar com a frase: “Aniversário do Patchu”, para que todos contribuíssem com um valor.
Notícias Relacionadas
A primeira festa de aniversário
Com a ajuda de moradores e comerciantes que ficaram sensibilizados com a história e com a humildade de Patchu, eles decidiram organizar a festa, com bolos salgados e doces, decoração e churrasco, eles cantaram celebraram os 59 anos deste grande amigo.
“Sou comerciante há 28 anos aqui e sempre que preciso, ele está ali para ajudar, e no que ele precisar ajudamos também, é muito bonito essa amizade”, diz o comerciante Amarildo Gobi, ao G1.
Patchu ganhou roupas novas, sapatos e uma quantia em dinheiro que ele já tinha planos: “Pretendo almoçar no Bom Prato (restaurante), mas dependendo da quantia, pretendo sair da calçada”, disse entusiasmado ao G1.
O total arrecadado pelos amigos de Patchu foi de R$ 384, para Patchu esse é o maior valor em dinheiro que ele já teve desde que foi morar nas ruas da Vila Maringá.
“Sou uma pessoa muito feliz, mesmo sozinho, sem família e na calçada”, diz Patchu. “Não tem como ficar triste, quem ri vive mais”, afirmou ao G1.
Ajuda vai continuar!
Mayara revelou ao Tribuna de Jundiaí, que outras doações já estão sendo providenciadas. E que para o seu sogro a maior recompensa são os abraços e a felicidade de Patchu.
Ela também ressaltou, que se pudesse arrumaria uma casa e um emprego para Patchu, mas ela e sua família ajuda no que pode.
