
No Dia Internacional da Mulher, a história de Gerlane Maria José da Silva, motorista de ônibus urbano em Jundiaí, inspira e reforça a força feminina em profissões ainda predominantemente masculinas. Há seis anos na profissão, a motorista desafia estereótipos.
A trajetória de Gerlane começou por influência do marido, que já trabalhava como motorista. Mas, apesar do incentivo familiar, ela enfrentou desafios desde o início. “Não foi fácil [começar na profissão], sempre tive dificuldades, mas eu fui pra cima com tudo porque era o que eu queria. Até porque as pessoas julgam o meu tamanho e peso, por eu ser pequena e magrinha”, conta.

A desconfiança sobre sua capacidade profissional exigiu dela ainda mais dedicação. “Quando começamos, temos que mostrar que somos mais fortes e não podemos mostrar fraqueza, porque é o que eles querem ver de nós, mulheres”, afirma Gerlane.
Ainda assim, sua determinação e sede de aprendizado conquistaram o respeito dos colegas de trabalho. “Eu sempre fui comunicativa, gostava de fazer perguntas e tirar dúvidas, nisso os colegas sempre me ajudaram”, relembra.

Apesar dos avanços, Gerlane acredita que ainda há um longo caminho a percorrer para garantir mais inclusão e reconhecimento para as mulheres na profissão. “Acham que nós, mulheres, somos fracas e não dão chance para nós mostrarmos que sabemos fazer o trabalho”, pontua. No entanto, ela também enxerga mudanças positivas: “Hoje o mercado abriu as portas para nós. Nós precisamos só de uma oportunidade para mostrar que sabemos”.

O momento mais marcante de sua carreira veio carregado de emoção. “Essa pergunta é fácil: foi quando minha mãe viu uma foto minha na traseira do ônibus. Ela chorou“, compartilha com orgulho.

Para o futuro, Gerlane quer seguir sendo referência e inspiração para outras mulheres que desejam ingressar na profissão. “Saber que um dia eu fui referência para outras meninas que estão no volante, levando e buscando as pessoas e deixando elas com sorrisos”.
Pequena no tamanho, mas gigante na determinação, Gerlane segue sua jornada mostrando que a força de uma mulher não se mede em estereótipos, mas sim na vontade de fazer acontecer.
 
					 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		