
O jundiaiense Paulo Henrique de Oliveira Silva, de 19 anos, faleceu na quinta-feira (10), infectado com Covid-19. De acordo com a mãe do jovem, Lucia Oliveira (50), Paulo chegou a fazer quatro testes para a doença depois de sentir os sintomas, três deles deram negativo. O último teste, com resultado positivo, saiu quatro dias depois de sua morte, constatando a doença.
“Ele ficou mal e foi afastado por 15 dias do trabalho. Depois voltou a trabalhar, deu outra crise e teve que fazer o teste de novo. A firma adiantou as férias e ele ficou mais 15 dias”, relata.
Lucia disse em entrevista ao G1, que o rapaz começou a se sentir mal após chegar no apartamento do pai. “Ele foi dar uma volta de skate e, quando voltou, estava muito mal”. A equipe de resgate acionada tentou por 40 minutos reanimá-lo, mas Paulo não resistiu. A autópsia registra que a morte se deu por insuficiência respiratória.
Segundo Lucia, Paulo era do grupo de risco do Covid-19, tinha bronquite, asma e anemia, e sempre usava a máscara de proteção ao sair de casa. Infelizmente acabou contraindo a doença mesmo tomando os cuidados. O jovem foi o único da família a ser infectado pela doença.
Legado
A mãe conta que Paulo sempre foi apaixonado por música e teve contato desde cedo. Lucia costumava cantar no coral da igreja quando ainda estava grávida.
“O Paulo veio na nossa vida como uma promessa de Deus. O intuito dele era levar jovens para Jesus, parece que a missão era essa. Aonde ele chegava não tinha tristeza. O sorriso dele era como adrenalina”, lembra Lucia.
Logo depois da morte de Paulo, Lucia diz ter sido procurada por mais de 60 mães de colegas do rapaz, dizendo como estavam tristes pelo ocorrido. Do mesmo modo, pessoas de outros países entraram em contato para prestar condolências à família. “Ele deixou um legado. Eu me sinto honrada de ter sido a mãe dele”, afirma.
Paulo deveria completar 20 anos no dia 13 de setembro, três dias depois de seu falecimento. Da mesma forma, a família decidiu homenageá-lo cantando os parabéns.
Lucia diz que ainda chora muito ao olhar para os instrumentos musicais do filho, que ficaram na casa. “Domingo, na igreja, ninguém conseguiu cantar. Foi um culto de muito choro. A minha rua ficou de luto, ninguém abriu comércio, ontem que vieram abrir. Ele era muito querido. Para mim, como mãe, é difícil, mas muita gente perdeu”, relata a mãe.
De acordo com ela, o sonho de Paulo Henrique era abrir uma oficina de instalação de som e alarme. Lucia conta também que ele era uma pessoa muito ativa na igreja e sempre gostava de ajudar as pessoas.
Informações são do G1.