
No Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+, celebrado em 28 de junho, o Tribuna de Jundiaí destaca as histórias de pessoas da comunidade que, com coragem e autenticidade, conquistam espaços no mercado de trabalho e no empreendedorismo. Em um cenário ainda marcado por desafios, suas trajetórias mostram que ser quem se é pode ser uma força transformadora.
Apesar de avanços sociais, dados do IBGE de 2023 apontam que a taxa de desemprego entre pessoas LGBTQIAPN+ chega a 20%, contra 12% da população em geral. Além disso, a informalidade ainda é alta nesse grupo, refletindo barreiras estruturais e preconceitos que dificultam oportunidades iguais.
Representatividade no ambiente educacional fortalece transformação
Para Camila Molena de Assis, 43, professora de nível superior, a representatividade LGBTQIAPN+ na escola fortalece a voz da comunidade e contribui para ambientes mais inclusivos. Ela relata que sempre teve respeito de suas coordenações, mas ressalta a necessidade constante de capacitações para alinhar as instituições às novas demandas sociais.
Camila destaca que investir em formação foi essencial para garantir ambientes que respeitam sua identidade. Em suas palavras, “quanto mais você se conhecer e saber o seu potencial, mais o mercado vai te respeitar”.
Já Aline Maria de Paula Anselmo, 34, professora do ensino médio, acredita que a representatividade ajuda jovens a enxergar possibilidades de futuro. Ela compartilha que poder ser autêntica em seu ambiente escolar fez toda diferença em sua prática pedagógica: “Não há como ser plenamente feliz vivendo pela metade. Tratar sua identidade com naturalidade torna o caminho mais leve e contribui para o respeito que você recebe”.

Empreendedorismo como forma de resistência e realização
Pesquisa do Sebrae revela que 55% da comunidade LGBTQIAPN+ já empreende ou tem potencial empreendedor. Isso representa 3,7 milhões de pessoas que veem no próprio negócio não apenas uma fonte de renda, mas também uma ferramenta de autoafirmação e resistência.
Exemplo disso é o casal Rodrigo Alexandre Messias da Silva, 39, massoterapeuta, e Rodrigo Mauro Breda, 49, analista de TI e terapeuta holístico. Juntos, eles comandam o Espaço Holístico R2, em Jundiaí (SP), unindo terapias corporais e integrativas para promover bem-estar. Para eles, trabalhar juntos fortalece não só o relacionamento, mas também o propósito:
“Nosso vínculo se reflete na energia que colocamos em nosso trabalho e na confiança dos nossos clientes”.

O casal destaca que a terapia é uma ferramenta potente para ajudar a comunidade LGBTQIAPN+ a ressignificar vivências de dor e preconceito, reforçando autoestima e aceitação. “Criar um ambiente terapêutico que acolha sem julgamentos é também uma forma de resistência e cuidado”, afirmam.
Ambientes acolhedores ainda são exceção
Aline reconhece que, apesar de avanços, muitas instituições de ensino ainda precisam melhorar no tratamento da diversidade sexual e de gênero. Para ela, trazer especialistas para rodas de conversa e respeitar a identidade dos alunos são passos essenciais.
Camila defende que escolas devem ser “plásticas e moldáveis”, adaptando-se às necessidades da comunidade com formações constantes para professores e equipe.
Mensagem para jovens LGBTQIAPN+
Todos os entrevistados concordam que autenticidade e autoconhecimento são fundamentais para conquistar respeito e construir trajetórias sólidas no mercado de trabalho ou nos negócios. Como afirma Aline: “O mundo precisa de você exatamente como você é”.
O casal Rodrigo e Rodrigo reforça:
“Acreditem na força que existe em serem quem vocês são. A diversidade é valiosa em qualquer profissão ou empreendimento”.

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