
A família da pequena Alícia, de dois anos, está fazendo uma vaquinha online para comprar um oxigênio portátil e recarregável para ela, que só pode sair de casa em situações de emergência e que durem menos de duas horas, já que esse é o tempo de duração do seu oxigênio atualmente.
Ela nasceu prematura, com 720 gramas e 26 semanas de gestação. Sua irmã gêmea, Martinne, também nasceu com pouco peso, 725 gramas, e teve hidrocefalia. Apesar das duas terem ficado muito tempo internadas – Alícia 9 meses e Martinne 7 -, hoje quem demanda mais cuidados é Alícia.
Devido à prematuridade extrema, Alícia teve uma série de intercorrências após o nascimento, incluindo uma série de paradas respiratórias, uma hemorragia grau 2 e anemia. A última parada respiratória deixou seu cérebro por 4 minutos sem oxigênio, ocasinando paralisia cerebral e vários problemas neurológicos.
Ela também desenvolveu laringomalacia e, por conta desse quadro, teve que fazer uma traqueostomia e uma gastrostomia. Como não consegue respirar sozinha, precisa da ajuda do oxigênio.
A pequena é prima de primeiro grau da Larissa Moraes Medeiros, de 9 anos, que ficou conhecida em todo o Brasil após reportagem no Fantástico por ter alopecia areata universal, uma doença rara que causa queda do cabelo e de todos os pelos do corpo. Foi por meio da mãe dela, Vanessa, que o Tribuna de Jundiaí soube da história da Alícia.
A mãe da Alícia, Juliana Leite, conversou com a nossa reportagem e contou um pouco sobre o quadro da sua filha e os cuidados do tratamento. “Hoje ela tem uma homecare por conta do convênio, conseguimos por uma liminar da Justiça. Mas todo o resto somos nós quem temos que bancar. Então a vaquinha é para dar uma qualidade maior de vida para ela, para ela poder sair de casa ao menos”, diz a mãe.
Ela conta que, desde que a filha saiu do hospital, ela praticamente não sai de casa. “O intuito é comprar um concentrador de ar portátil recarregável na bateria, uma cadeira de rodas do tamanho dela, bem como medicamentos e outros itens necessários para o tratamento”, continua.
Juliana, que morava em Jundiaí até 2016, diz que precisou mudar para São Paulo, para passar nos hospitais específicos para as complicações das duas filhas e também de sua gravidez, que foi de alto risco. “Hoje nossa vida é em prol das nossas filhas, para dar uma vida melhor para elas”, reitera.
O concentrador portátil para oxigênio custa por volta de 15 mil reais, da marca SimplyGo Mini da Philips, que é liberado pelas companhias aéreas – necessário caso Alícia precise um dia fazer algum tratamento fora do Estado ou do País. Já os outros 5 mil reais restantes que a família pede é para a cadeira de rodas adaptada e medicamentos.
No texto da vaquinha online, o apelo da mãe é um só: que sua filha possa ver e conhecer “o mundo lá fora”. “Nessa idade a maioria das crianças fazem descobertas simples, como ver o mundo, como árvores, parques, cachorros na rua, flores nas praças. Mas a Alicia não faz, pois precisa de oxigênio. Simples pra maioria, mas para ela é algo essencial!”, pede a mãe.
Você pode ajudar na vaquinha por meio deste link.
 
					 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		