
O Museu Histórico e Cultural – Solar do Barão recebe a exposição inédita “Patrimônios Culturais de Jundiaí”. Com entrada gratuita, as homenagens a figuras e lugares relevantes da história da cidade estarão expostas até o dia 15 de novembro .
A exposição conta com uma viagem por 12 salas com acervos que constroem múltiplas, porém nem sempre perceptíveis, identidades culturais de Jundiaí. Assim, a iniciativa homenageia pessoas com trajetórias históricas para a cidade.
O começo de tudo
A visita se inicia em um ambiente dedicado a contar as origens de Jundiaí, desde a referência do seu nome, até mapas com as dimensões da antiga vila de Nossa Senhora do Desterro, o traslado do auto de criação da vila e documentos que atestam a presença de quilombos – redutos de resistência à opressão a afrodescendentes – no atual bairro do Caxambu.
Na sequência, a exposição dedica-se ao Solar do Barão, edifício histórico onde o Museu está instalado. Você pode conhecer da técnica milenar de taipa, utilizada na construção do prédio até a desconstrução de alguns mitos. Você sabia que há quem pense que o Solar era uma resistência do Barão, quando na verdade era apenas sua casa de veraneio?
História de Jundiaí
Além disso, a exposição traz recortes jornalísticos que narram fatos históricos do Museu, como seu tombamento e reforma até a transferência da posse do edifício das Irmãs de São Vicente de Paulo de Gysegem para a Prefeitura.
Após isso, a exposição reserva-se ao Teatro Polytheama. O ambiente traz sua maquete e fotos. Com isso, o visitante compara seus períodos de derrocada e o de seu esplendor atual. Além disso, a exploração mostra plantas arquitetônicas e fotos da visita de Lina Bo Bardi, arquiteta ítalo-brasileira que assinou o projeto de sua revitalização.
O ambiente dedica espaço ao Hospital São Vicente de Paulo. Com 120 anos, a unidade é uma das instituições de saúde mais completas do interior paulista. De acordo com a gestão, o hospital realiza, em média, 24 mil atendimentos mensais.

Já, outro espaço trata dos movimentos de ferroviários negros da Cia. Paulista na fundação do Clube 28 de Setembro. O mesmo ambiente traz expostos dois tocheiros negros, do artista vêneto Andrea Brustolon. Essa parte da exposição vida propor o diálogo sobre o tema à luz da Cultura e do respeito à dignidade humana.
Outros locais de Jundiaí recebem homenagens, como a Serra do Japi, com plantas, pedras e fotos de suas árvores e cachoeiras; o Arquivo Histórico da UGC, onde o visitante pode aprender como se dá a organização e preservação dos documentos e o planejamento de suas atividades e divulgação; além do Centro das Artes, onde se encontra a famosa Sala Glória Rocha, o visitante pode acompanhar o processo de revitalização em execução pela Prefeitura para o local.
Personalidades jundiaienses
“Patrimônios Culturais de Jundiaí” também traz uma extensa lista de personalidades homenageadas. Na sala dedicada ao Museu, o tributo vai desde as famílias Queiroz Telles, Paes (da qual fez parte e foi moradora a professora Ana Pinto Duarte Paes) e Brunherotto, até o jardineiro Adão e Albina Maria de Jesus, a Nhá Lau, senhora escravizada e símbolo de luta e resistência.
A exposição também homenageia ícones como Carlota Edith Barbieri, mais conhecida por Maria dos Pacotes, que ganha todo um corredor com fotos, recortes de jornais e livros e a reprodução de seus famosos pacotes, além de um painel interativo para que o visitante registre suas memórias com a homenageada.

Para encerrar, a exposição dedica uma de suas instalações a Zé Carioca, pseudônimo do músico jundiaiense José do Patrocínio Oliveira, eternizado por seus trabalhos com Carmen Miranda e pela inspiração na personagem dos estúdios Walt Disney.
Visite
Durante a visita ao Museu, o estudante Luiz Fernando Carvalho, de 11 anos, não teve dúvidas em escolher sua parte favorita. “A do Zé Carioca. Gosto muito de desenhos antigos e não sabia que ele era de Jundiaí. Isso é incrível”, comentou o jovem morador do jardim Eloy Chaves, acompanhado do irmão mais velho Pedro Henrique e de seus pais, os professores Soraia e Luiz Henrique.

O Museu fica na rua Barão de Jundiaí, 762 – Centro, e pode ser visitado, gratuitamente, de terça-feira a domingo, inclusive feriados, das 10h às 17h.
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