PM de folga percebe tristeza em homem e o salva de suicídio

Mais um aparente dia de folga para o cabo Robinson Luiz Caputo, jundiaiense do 11º Batalhão da Polícia Militar. Mas, durante uma ida rápida ao supermercado no feriado da Independência, passando pela rodovia Vereador Geraldo Dias, algo chamou sua atenção e o fez mudar o caminho que seguia.

Às margens da rodovia, uma imagem chamou sua atenção: um homem carregando diversos cintos, entrava em uma mata densa. Rapidamente, Robinson deu meia volta e parou com o carro para averiguar. Os cintos seriam usados para amarrar outra pessoa ou para atentar contra a própria vida, foram os pensamentos do policial.

Ali, nas margens da rodovia, ele encontrou Humberto Favaron, outro motorista que passava pela via e o acionou para que, caso fosse preciso, procurasse ajuda rapidamente.

O cabo Robinson estava certo.

Não demorou muito até encontrar cintos presos um no outro e no fim da corda, um homem terminando o nó em volta do pescoço. “O que você vai fazer, meu amigo? Deus é mais em nossas vidas”, disse o cabo, já se aproximando rápido para tirar o homem daquela situação.

Foram vários minutos de conversa, de compreensão e aconselhamentos. Massageando o peito do desconhecido, Robinson descobriu os motivos que o levaram a mais uma tentativa de suicídio: o principal foi o término recente com a esposa, que o fez se sentir abandonado e sozinho; naquele sábado, entretanto, uma briga com o irmão por causa do relógio de água potencializou e o motivou na decisão.

Com a ajuda de dois colegas do 49º Batalhão, cabo Takeyama e soldado Guilherme, Robinsou encaminhou o homem, que descobriu ter o mesmo nome que ele, para o Hospital São Vicente. Ele foi recebido por uma equipe especializada e ficará internado até passar por atendimento psiquiátrico.

[tdj-leia-tambem]

 

Atitude

Há quase 20 anos na PM e com pouco tempo para se aposentar, Robinson sempre teve a religião como algo importante em sua vida. Ajudou padres e pastores, ensinando jovens a se espiritualizar e pretende continuar sua missão, mesmo na reserva da Polícia Militar.

“Em todo o tempo de PM, procurei cumprir com minhas obrigações. De folga ou de serviço, zelar pelo fator vida é fundamental”, diz o cabo.

 

Fonte: Imprensa Policial