Intercâmbio da Faculdade de Medicina de Jundiaí garante novas experiências na área da saúde

Desde 2013, a Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ) conta com a Coordenação Local de Estágios e Vivências (CLEV), setor composto pelos alunos, que são responsáveis por trazer intercambistas à faculdade e, desde 2015, levar alunos da FMJ para o exterior.

No total, 102 estudantes tiveram a oportunidade de vivenciar a experiência em outro país. Destes, 39 alunos da FMJ viajaram e 63 estudantes estrangeiros foram recebidos na cidade. “Uma experiência no exterior muda tudo, muda a forma de pensar de agir deste estudante. Incentivamos essa prática na faculdade”, explica o diretor da FMJ, Prof. Dr. Evaldo Marchi e acrescenta que há ainda transformação na carreira e contribuição na formação acadêmica dos estudantes.

A aluna do 3° ano Julia Brigagão de Carvalho Sugai é a atual presidente da CLEV e conta que, por meio do intercambio, os futuros médicos podem expandir os conhecimentos e aumentar a experiência na área da saúde. ”É a chance que o estudante tem de conhecer diferentes sistemas públicos de saúde”, afirma Julia.

O Prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado, ressalta que a experiência garante internacionalizar a cidade, “os estudantes que vão para fora, apresentam Jundiaí para o mundo. Nossa Faculdade de Medicina oferece aos estudantes a oportunidade de trazer um pensamento inovador e uma experiência importantíssima”, completa.

Os países que receberam os estudantes da FMJ são Rússia, Grécia, Polônia, França, Portugal, Chile, México, Indonésia, Turquia, Sérvia, Finlândia, França, República Tcheca, Bósnia e Herzegovina, Eslováquia, Letônia e Argentina. Na FMJ, foram recebidos alunos dos seguintes países: Holanda, Polônia, Rússia, Irã, Dinamarca, peru, Itália, Turquia, Equador, Bolívia, Egito, Tunísia, Egito, Gana, Kwait, Espanha, Marrocos, Bulgária, república Tcheca, Grécia, Romênia, Indonésia, Tailândia, Filipinas, Chile, Reino Unido, Egito, Polônia, Índia e Sérvia.

O Programa de Intercâmbio é uma realização da IFMSA (International Federetion of Medical Student’s Associations) através DENEM (Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina), que são responsáveis pela organização do estágio e seleção dos alunos brasileiros.

Processo seletivo

Para ter oportunidade de vivenciar estágio na área da saúde fora do Brasil, os estudantes devem preencher requisitos publicados em edital e arcar com alguns custos. A partir da seleção e de acordo com a pontuação, o candidato escolhe o local que deseja ir. “Existem critérios de pontuação bem rigorosos, são necessárias muitas atividades extraclasse no currículo para conseguir a classificação adequada” garante a presidente da CLEV.

Os intercambistas têm a possibilidade de realizar pesquisa científica ou experimentar a rotina de hospitais, por até um mês. Em função da pandemia, as atividades do intercâmbio estão suspensas.

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Depoimento

Aluna do 5° ano, Thamires Pazetti, conheceu Cuba em 2018 e a Bósnia Herzegovina em 2019, pelo programa da FMJ. Ela compartilha que em cada lugar, houve uma adaptação diferente ao sistema de saúde. “Foram realidades contrastantes onde os profissionais buscam fazer o melhor que podem com as ferramentas que estão à disposição.”

Thamires no hospital em Sarajevo, na Bósnia (Foto: Divulgação FMJ)

Em Cuba, ela visitou universidades, clínicas de bairro e hospitais de alta complexidade e densidade tecnológica “durante aquele mês em Cuba, notei a importância da atenção primária e integral na prevenção de doenças e desaceleração do processo de adoecimento”. Já em Bósnia, “vivenciei a rotina do hospital de Sarajevo, a observação da intensidade no uso de tecnologias e técnicas para o diagnóstico e tratamento de doenças coronarianas e vasculares com riqueza de recursos”, relata a aluna.

Thamires Pazetti compartilha ainda que todas as vivências deram bagagem para melhorar o desempenho na atuação como futura médica, no Brasil. “O intercâmbio me permitiu vivenciar todas essas experiências, aplicá-las na realidade brasileira, com as nossas ferramentas e no nosso ambiente de trabalho. Me fez mais humana.  Meu maior objetivo é cuidar das pessoas”, finaliza Thamires.