Projeto de Enfrentamento à Obesidade Infantil. (Foto: Divulgação)
Projeto de Enfrentamento à Obesidade Infantil. (Foto: Divulgação)

O projeto Enfrentamento à Obesidade Infantil, lançado em 2018 em conjunto com a Faculdade de Medicina (FMJ), será apresentado no Congresso Brasileiro de Endocrinologia, em Brasília, no final do mês de novembro, com os dados específicos sobre o impacto das palestras educativas dos alunos da faculdade no consumo diário de alimentos pelas crianças que participaram do projeto. 

A análise dos dados dos diários alimentares – preenchidos pelas crianças participantes do trabalho e que indicaram a redução no consumo de carboidratos obesogênicos – também recebeu certificado de Menção Honrosa durante o XVI Fórum de Iniciação Científica PIBIC-FMJ-CNPq, realizado em 18 de setembro pela FMJ. 

Com a adoção do diário alimentar, em 2019, em 27 escolas da rede municipal, compreendendo 5,5 mil alunos, foi possível avaliar o impacto positivo das aulas de nutrição oferecidas pelos estudantes do 4º ano de Medicina da FMJ.

Em 2020, o programa de Enfrentamento à Obesidade foi realizado a partir da entrega dos kits de alimentação e atividades educativas alusivas ao tema em virtude da suspensão das aulas presenciais em virtude da pandemia. Durante o período foi analisado o Diário Alimentar produzido pelas crianças que participaram da atividade em 2019.

De acordo com o levantamento, das crianças que receberam a orientação nutricional, feita em duas palestras, apresentaram aumento no percentual de carboidratos saudáveis de 32% para 36% e reduziram de 25% para 22% os obesogênicos, nos dias de semana. Em paralelo, subiram de 27% para 34% os carboidratos saudáveis e reduziram de 27% para 22% os carboidratos obesogênicos no final de semana. 

A constatação positiva feita pelo médico endocrinologista Dr Homero D´Ambrosio, será apresentada em Congresso Brasileiro de Endocrinologia, em Brasília, de 28 de novembro a 5 de dezembro. 

Jundiaí acrescentou à grade curricular a alimentação saudável. (Foto: Divulgação/PMJ)

Alimentação saudável

A partir do início do projeto, Jundiaí acrescentou à grade curricular a alimentação saudável, oferta de alimentos orgânicos e minimamente processados, plantas alimentícias não convencionais (PANC), bem como atividades com palestras de orientação sobre a qualidade nutricional e o impacto no desenvolvimento. 

Também em 2019, houve a inclusão dos estudantes da Escola Superior de Educação Física (ESEF), que realizaram trabalhos direcionados para a promoção de atividades físicas entre os 37 mil alunos da rede. 

Neste ano também foi agregado o programa Crescer Saudável, um braço do Programa Saúde na Escola (PSE), que tem os mesmos objetivos, e atende a integralidade dos estudantes.