
Nos últimos dois anos, as doenças cardiovasculares foram responsáveis pelo maior número de mortes em Jundiaí. Dados da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS) revelam que, em 2024, o município registrou 1.053 óbitos relacionados a essas condições, representando 28,8% do total de mortes.
Desses, 350 casos (33%) ocorreram em pessoas com idades entre 30 e 69 anos, classificando-se como mortes prematuras. Em 2023, os números foram semelhantes: 1.033 óbitos, equivalentes a 30,58% do total, com 330 casos (31,94%) na mesma faixa etária.
O panorama local de Jundiaí está alinhado com uma realidade preocupante em nível nacional. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), no Brasil, uma pessoa morre de doença cardiovascular a cada 90 segundos, resultando em cerca de 46 óbitos por hora. No total, essas enfermidades causam aproximadamente 400 mil mortes por ano no país.
A gravidade das doenças cardiovasculares
Embora muitas vezes silenciosas, as doenças cardiovasculares podem se manifestar de forma abrupta e severa. Os sintomas incluem hipertensão arterial, dores no peito, falta de ar, fadiga extrema, tonturas, entre outros.
A cardiologista Dra. Andrea Manni destaca alguns pontos. “Além disso, sintomas como taquicardia, dor no pescoço, mandíbula, garganta e costas, impotência sexual, coloração azulada nas extremidades, transpiração excessiva e palidez também devem ser observados”, informou.
📝 Participe do nosso grupo exclusivo de vagas de empregos e receba diariamente as novidades direto no seu WhatsApp! Acesse e faça parte da nossa comunidade 👉 https://bit.ly/Tribuna-de-Jundiaí-Empregos-2
Um relato real: a experiência de Julia Marques
O caso de Julia Marques, gerente de projetos de 32 anos, ilustra a importância do diagnóstico precoce. Durante a gravidez, infecções urinárias recorrentes levaram à descoberta de um princípio de insuficiência renal. Mais tarde, sintomas como aperto no peito e fadiga culminaram no diagnóstico de hipertensão arterial.
Atualmente, Julia mantém uma rotina de hábitos saudáveis para controlar a pressão arterial, incluindo o consumo moderado de sal, exercícios físicos regulares e a hidratação adequada. “Minha pressão arterial varia entre 14×11 e 12×8 quando está bem controlada, mas já cheguei a ter picos de 18×12”, relata. Ela reforça a importância da prevenção e de aferir a pressão arterial regularmente, mesmo sem sintomas evidentes.
A importância da prevenção e do estilo de vida saudável
A prevenção é a melhor estratégia para combater as doenças cardiovasculares. Segundo especialistas, a prática de exercícios físicos, uma alimentação equilibrada, controle de peso e check-ups regulares são medidas essenciais.
Dra. Andrea enfatiza que o diagnóstico precoce e a mudança no estilo de vida podem reduzir significativamente os riscos. “Além de melhorar a qualidade de vida, a adoção de hábitos saudáveis é crucial para evitar complicações graves”, alerta.
As doenças cardiovasculares continuam sendo um desafio de saúde pública, mas a conscientização e ações preventivas podem transformar esse cenário. A população de Jundiaí e de todo o Brasil precisa estar atenta aos sinais e comprometida com a saúde do coração.
[tdj-leia-tambem]