(Foto: Prefeitura de Jundiaí)
(Foto: Prefeitura de Jundiaí)

Após o atendimento no Centro Pop e acolhimento temporário na Casa de Passagem, os equipamentos da rede socioassistencial Rede Pop Rua voltados ao abrigamento da população em situação de rua para durações maiores são os Abrigos de Jundiaí.

O serviço pode ter duração prorrogável de até seis meses e é oferecido pela Prefeitura, atualmente por meio de parceria com as Organizações da Sociedade Civil (OSC) Santa Marta e SOS Cristão. “O trabalho desenvolvido visa à inclusão dos indivíduos na rede socioassistencial, garantindo assim os direitos e acessos aos serviços necessários para a construção do seu processo de saída das ruas. Nos abrigos, por exemplo, há grupos de terapia ocupacional, acompanhamento psicossocial e formação profissionalizante. Por isso lançamos a campanha ‘Menos Esmola Mais Dignidade’, para conscientizar a população de que a oferta de esmola pode, enquanto solução imediata, afastar os usuários dos serviços, dificultado a construção desse processo de saída das ruas”, explica a gestora da Unidade de Gestão de Assistência e Desenvolvimento Social (UGADS), Maria Brant.

Para o abrigamento institucional da população em situação de rua, a Prefeitura disponibiliza mais de cem vagas mensais. Somente na modalidade abrigo são 60, divididas entre as duas OSC, e em locais com funcionamento 24 horas. A equipe técnica é formada por psicólogos, assistentes sociais, arte-educadores, terapeutas ocupacionais, cuidadores, monitores, cozinheiros e motoristas.

Segundo o coordenador do serviço pela Casa Santa Marta, Moisés Leme, a estrutura e o funcionamento das instalações visam à reinserção social. “Todo o funcionamento do abrigo, os horários e as regras, são definidos de forma comum entre os acolhidos. Esse é um aspecto importante, já que a ideia do serviço é trabalhar para que os acolhidos sejam reintegrados à sociedade. Por isso trabalhamos pela autonomia deles, para que tenham lugar no mundo do trabalho e estejam em contato com a família de origem”.

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Enquanto estão acolhidos, os usuários contam com acompanhamento profissional individualizado e construção do plano de saída das ruas, por meio de terapias, grupos psicossociais e de narcóticos anônimos, orientações sobre empregabilidade e elaboração de currículos, além de oficinas de artesanato, marcenaria e manejo de hortas e galinheiro.

Moisés explica também que, em 2021, 50 pessoas passaram pelo serviço na OSC Santa Marta. “Desses, cerca de 35% já foram reinseridos na sociedade, por meio do recâmbio à família de origem e da conquista de emprego. Temos antigos abrigados que até hoje vêm nos visitar e que mantêm conosco contato via rede social. Isso só é possível graças ao engajamento e comprometimento de uma equipe e de uma rede que faz tudo com muito amor”, conclui.