
As ações de inspeção contra fraudes e furtos de energia – os populares “gatos” – permitiram à CPFL Piratininga regularizar 10,6 mil ligações clandestinas em Sorocaba, Jundiaí e outros 19 municípios da região em 2022.
Enquanto alguns municípios apresentaram queda, outros tiveram um aumento nos casos de ligações desfeitas, como Jundiaí, Campo Limpo Paulista e Itupeva.
De acordo com Victor Rios Silva, gerente de Recuperação de Energia da CPFL Energia, a empresa realizou mais de 83 mil inspeções em campo. “Essas verificações são cada vez mais assertivas, já que partimos de uma base de dados que nos indica endereços onde possivelmente a prática está presente. Além das inspeções, seguiremos trabalhando, em tecnologias e sistemas cada vez mais robustos e integrados”, comenta.
Confira os números de casos de ligações clandestinas desfeitas em 2022, nas regiões de Jundiaí. As cidades estão no Top 10 de cidades com mais desligamentos pela CPFL Piratininga.
- 5º lugar: Jundiaí – 2021: 427 / 2022: 630
- 9º lugar: Itupeva – 2021: 79/ 2022: 500
- 10º lugar: Campo Limpo Paulista: 2021: 177 / 2022: 326
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Não faça ‘gato’
Ao fazer uma ligação clandestina, o morador coloca em risco a sua vida, a da família e a dos vizinhos. Isso porque o “gato” não segue qualquer padrão de segurança da rede elétrica. Em geral, ele é feito com fios, relógios e disjuntores adulterados, sem a certificação do Inmetro. Além disso, o risco de oscilações no fornecimento de energia, curto-circuito e incêndio é constante porque as ligações irregulares podem causar sobrecarga na rede elétrica.
O combate às fraudes e ao furto de energia também é importante pelo aspecto comercial. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) reconhece parte da energia furtada no cálculo da tarifa, ou seja, os demais clientes, com fornecimento e conta regulares, acabam pagando parte do valor que deixou de ser pago pelos fraudadores.
Denúncia e tipificação criminal
Clientes da CPFL podem contribuir de forma sigilosa, para o combate às irregularidades. É possível denunciar através do aplicativo “CPFL Energia”, disponível para Android e iOS, pelo site www.cpfl.com.br/fraude, ou pelo e-mail [email protected]. As denúncias são anônimas e ajudam a companhia a identificar locais que estejam praticando fraudes na ligação de energia.
O furto de energia é crime previsto no Código Penal brasileiro. A pena pode chegar a oito anos de prisão. Sempre que constatada fraude, a empresa preenche um Termo de Ocorrência de Inspeção (TOI) e, na sequência, calcula a quantidade de energia que deixou de passar pelo medidor do local. Assim, estabelece o valor correspondente, que deverá ser pago à distribuidora.