Asfalto ecológico em Jundiaí. (Foto: Divulgação)
Asfalto ecológico em Jundiaí. (Foto: Divulgação)

Em tempos de seca, a poeira. Se era a chuva que castigava, a lama fazia parte do pacote que atormentava a vida dos moradores na região do Champirra e no Rio Acima.

Esses bairros receberam investimentos no valor de R$ 12 milhões para a realização de 42 km de asfalto ecológico e durável em vias antes de terra. A Prefeitura de Jundiaí informa que já foram realizados 37 km nesta primeira fase.

“O investimento é o maior volume já realizado em toda história da cidade para a melhoria das estradas rurais”, informa o Executivo.

No mês de novembro, a previsão da Unidade de Gestão de Infraestrutura e Serviços Públicos (UGISP) é encerrar as obras nas vias da Chácara Betinha (Rio Acima), Corrupira e Portal do Medeiros, além do Paiol Velho, Jundiaí Mirim e Fernandes. 

“As vias asfaltadas como a Antonio Müller, no Rio Acima, a Gaetano Fagundes, no Champirra e a Santa Eliza, no Corrupira, são ligações importantes que ainda não contavam com asfalto. 

A melhoria irá impactar principalmente na qualidade dos serviços de transporte, garantindo segurança, rapidez e conforto, tanto para o sistema coletivo, quanto para os produtores rurais, para escoar a produção e demais veículos que trafegam pelos locais”, comenta o engenheiro da UGISP, Carlos Alberto de Souza, Diretor de Obras Públicas. 

Asfalto ecológico

O asfalto ecológico é feito com o solo e cascalho existente da própria estrada de terra a ser pavimentada. O serviço é executado através de um equipamento chamado “recicladora”, que mistura o solo existente, o estabiliza e compacta com rolos vibratórios, resultando em uma base com excelente capacidade de carga, sobre a qual é colocada a camada de revestimento asfáltico. 

Ainda são adicionados à matéria-prima, durante este processo, agentes estabilizadores como cimento ou espuma de asfalto. Dependendo do tipo de solo de cada estrada, podem ser acrescentados agregados reciclados produzidos pelo Centro de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Jundiaí (Geresol), resultando em uma base de excelente capacidade de suporte. O revestimento final é feito com asfalto-borracha. 

Todas as vias asfaltadas têm garantia de 10 anos em durabilidade, sendo a empresa executora obrigada a reparar sem custos adicionais, qualquer local que porventura apresente algum tipo de problema. Outro ponto apontado como vantajoso no sistema ecológico é a economia que trará aos cofres públicos, já que serão economizados R$ 3 milhões ao ano, que eram investidos com o deslocamento de maquinários, funcionários e insumos para o nivelamento das vias em períodos de chuva ou secas prolongadas.