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Foto: Arquivo Pessoal

A Associação Mata Ciliar registrou o aumento, entre os anos de 2019 e 2021, de 153% no número de resgates a animais feridos na região de Jundiaí. A Mata Ciliar desenvolve ações que prezam a conservação da biodiversidade regional.

A instituição acolhe, desde os grandes felinos, até os pequenos pássaros, vítimas do desmatamento de remanescentes naturais para a implementação de imobiliárias e estruturas logísticas na região. Segundo apurado pelo g1, em 2019, cerca de 2.646 animais foram resgatados, em 2020 foram 4.684, e em 2021, 6.214.

“Esse fator faz com que os animais silvestres sejam expulsos de seus habitats, aumentando o risco de sofrerem acidentes dentro das cidades”, explica o  coordenador de comunicação da Mata Ciliar, Samuel Nunes, ao g1.

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Lobo-Guará é resgatado pela instituição. Foto: Arquivo Pessoal

A maior parte dos animais que chegam na Mata Ciliar são vítimas de tráfico, atropelamento, eletrocussão, ataque de cão, queimada, caça ou perderam os pais e ficaram órfãos.

Segundo Samuel, o animal é resgatado e encaminhado para um primeiro atendimento com um médico veterinário. O médico avalia a situação do animal para que ele recebe o tratamento específico. “Quando os casos são mais graves, é necessário permanecer por um tempo maior em tratamento, e, após se recuperarem, eles ainda passam pela reabilitação.”

Para Samuel, o aumento dos resgates têm relação com os diversos problemas e descasos ambientais. “Isso não é só um problema de questão ambiental, impacta diretamente a qualidade de vida das pessoas, já que, com menos matas em pé, a consequência é a diminuição da qualidade do ar, a redução da quantidade de água, o empobrecimento do solo, a extinção de polinizações, entre outros fatores que são essenciais para a nossa sobrevivência”, afirma.

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Filhotes de onças vieram da Amazônia. Foto: Arquivo Pessoal

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