
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Jundiaí (SP) está enfrentando um aumento significativo no número de trotes, o que pode comprometer a eficiência do serviço e atrasar o atendimento a quem realmente precisa de ajuda. De janeiro a fevereiro deste ano, o número de chamadas falsas cresceu de 183 para 295, representando um aumento alarmante na média diária.
De acordo com o coordenador médico do SAMU, Dr. Marcelo Okamura, as chamadas indevidas prejudicam a distribuição estratégica das ambulâncias, desviando recursos essenciais e colocando vidas em risco.
“Cada chamada falsa ocupa a linha, desvia recursos essenciais e pode atrasar o atendimento de quem realmente precisa, colocando vidas em risco”, explica Okamura.
O aumento dos trotes preocupa as autoridades, pois cada incidente falso pode resultar em atrasos significativos no atendimento a emergências graves, como acidentes de trânsito, infartos e outras situações críticas.
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Como o SAMU identifica os trotes?
Apesar do volume crescente de chamadas falsas, o SAMU possui técnicas para identificar rapidamente os trotes e minimizar seus impactos. A equipe está treinada para identificar sinais indicativos, como o tom de voz e contradições nos relatos das vítimas.
“A identificação é frequentemente feita pelo tom de voz, embora algumas características possam indicar se tratar de crianças, especialmente em período escolar. No caso de adultos, as contradições no relato são um indicativo importante”, destaca o médico.
A regulação médica também desempenha um papel crucial, avaliando a veracidade das situações relatadas e determinando a gravidade dos casos para garantir um atendimento rápido e eficaz.
Desafios no combate aos trotes
Embora a equipe do SAMU tenha adotado medidas para reduzir os impactos dos trotes, ainda existem desafios na detecção precoce. “Percebemos que existem desafios no atendimento desde o primeiro contato com a regulação, o que também impacta essa triagem. Apesar de termos conseguido reduzir o número de trotes, o impacto ainda é significativo”, afirma Okamura.
Além disso, o médico destaca que o número exato de trotes é difícil de ser determinado, o que torna a conscientização da população ainda mais importante.
O custo do trote: desperdício de recursos públicos
Os trotes não apenas afetam o tempo e os recursos do SAMU, mas também geram desperdício de dinheiro público. Cada deslocamento desnecessário envolve custos com combustível, manutenção das ambulâncias e mobilização de profissionais que poderiam estar atendendo casos reais.
“Cada minuto faz diferença e os trotes colocam essa missão em risco. Nosso compromisso é salvar vidas, e os trotes prejudicam diretamente essa missão”, conclui Dr. Okamura.
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Como a comunidade pode ajudar?
Para combater os trotes, o SAMU reforça a importância de conscientizar a população, especialmente crianças e adolescentes, sobre a gravidade de fazer chamadas falsas para os serviços de emergência.
A colaboração da comunidade é essencial para garantir que os recursos sejam usados de maneira adequada e que o atendimento seja eficaz para quem realmente precisa.
 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		