
O Sesc Jundiaí retoma as exposições presenciais na unidade, por meio de agendamento prévio. A partir desta terça-feira (11), estará disponível a exposição “Viver até o fim o que me cabe!”, que homenageia a trajetória de Sidney Amaral, falecido em 2017, e revela ao público a intimidade do artista.
A exposição possui curadoria de Claudinei Roberto da Silva e reúne trabalhos que transitam entre as linguagens do desenho, da pintura e da escultura, além de cadernos do artista e obras em processo. Segundo o curador, “’Viver até o fim o que me cabe’ é uma iniciativa de caráter mais complexo do que o comum.
Serão expostas obras que previam e denunciavam as mazelas sociais de um país desigual e racista. O artista Sidney Amaral pertenceu a uma geração de jovens artistas afro-brasileiros contemporâneos que trouxeram ao público e à crítica especializada uma produção potente e de qualidade formal.
Entre os objetivos da curadoria está aproximar o público de um recorte da vasta produção deste artista que faleceu precocemente e, também, inserir a obra de Amaral no conjunto de ações que dão visibilidade à produção de artistas afrodescendentes.
Como agendar
O público poderá visitar a mostra gratuitamente, mediante agendamento prévio feito pelo link.
O horário de funcionamento da exposição é de terça a sexta, das 14h às 19h e aos sábados das 10h30 às 13h30. O tempo de visitação é de uma hora e tem limite de até cinco pessoas por sessão. A exposição segue até 4 de setembro.
O Sesc Jundiaí fica localizado na avenida Antônio Frederico Ozanan, 6600 – Jardim Botânico, Jundiaí.
Sobre o artista
Nascido de família proletária, na periferia da zona norte da cidade de São Paulo, Sidney Amaral manifestou precocemente seu interesse pela arte. Com intensa atividade desde o final da década de 1990 e um Prêmio Funarte de Arte Negra na bagagem, o artista participou de expressivas mostras nacionais e internacionais.
Em 2015, como resultado do Prêmio Funarte de Arte Negra recebido em 2012, apresentou no Museu Afro Brasil sua maior exposição individual: O Banzo, o Amor e a Cozinha de Casa, com curadoria de Claudinei Roberto da Silva.
Postumamente, sua obra foi apresentada em 2018 na mostra Histórias Afro-Atlânticas, no Museu de Arte de São Paulo e Instituto Tomie Ohtake, e A Vontade Foi Demais, na Galeria Pilar em São Paulo. Como importante reconhecimento pelo seu trabalho, as obras de Sidney Amaral foram para acervos de relevantes instituições públicas e privadas: Museo de La Solidaridad Salvador Allende, Chile; Museu Afro-Brasileiro, Salvador; Museu Afro-Brasil, São Paulo; Pinacoteca do Estado De São Paulo; Instituto Itaú Cultural, de São Paulo; e o Acervo Sesc de Arte, coleção permanente do Sesc São Paulo.
Essas atividades presenciais seguem protocolos de órgãos de saúde pública para evitar o contágio e disseminação da Covid19.