Trem da CPTM na estação de Jundiaí
Foto: Jean Carlos/SP Sobre Trilhos

A matriz elétrica será a principal fonte de energia para os trens do TIC que deverão circular entre São Paulo e Campinas. Para o futuro é previsto que o sistema de energia deva ser aprimorado e ampliado. 

O governo de São Paulo definiu uma série de diretrizes para o posicionamento do sistema que servirá de base para um projeto final que será implantado pela futura concessionária. Todo o procedimento deverá ser avaliado pelo poder concedente que dará ou não aval para as devidas modificações.

O sistema é feito pelas subestações de tração de alta tensão utilizadas para a alimentação dos trens e o sistema de sinalização. Atualmente a rede aérea da Linha 7-Rubi abrange todo o trecho entre Barra Funda e Jundiaí, excluindo alguns desvios e áreas específicas de alguns pátios.

A alimentação é feita através de cinco subestações de energia: são elas a SE Tietê, SE Caieiras, SE Francisco Morato e SE Campo Limpo Paulista. Todas estas subestações possuem uma potência instalada equivalente a 46 MW.

Entre o 4º e 6º ano da concessão está previsto um incremento substancial na potência instalada na Linha 7-Rubi. Com a chegada do serviço expresso e do TIM, a potência total será mais que duplicada, atingindo a marca de 107 MW. Esta configuração deverá ser suficiente para suprir todos os serviços até o fim da concessão.

Dimensionamento do sistema de energia (Foto: CPTM)

A proposta de planejamento é de que o trecho entre as cidades de Jundiaí e Campinas, atualmente sem eletrificação, possa ser novamente servido com o sistema de alimentação elétrica. Deverão ser construídas quatro novas subestações, sendo elas a SE Jundiaí, SE Louveira, SE Valinhos e SE Campinas. A previsão é que até o 4º ano de concessão o trecho já esteja apto ao retorno dos trens elétricos.

É importante apontar questões especiais quanto ao dimensionamento do sistema de energia. A ampliação da potência instalada foi definida levando-se em consideração algumas premissas operacionais. Uma delas é a operação aprimorada da Linha 7-Rubi para o cenário onde os intervalos possam atingir até 3 minutos.

Administrativamente a concessionária deixará de realizar ressarcimentos para a CPTM devido ao uso do sistema de energia interligado. Pelo lado operacional, constata-se mais uma vez que a ideia de repassar as Linhas 7 e 10 num único pacote está descartada, levando-se em conta o conteúdo que se apresenta atualmente na consulta pública.

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O cenário de operação que o novo concessionário deverá implantar leva em consideração a seguinte formatação:

Na Linha 7-Rubi a operação deverá se iniciar com 21 trens nos horários de pico e intervalo médio de 4 minutos. A partir de 2035 um total de 24 trens deverão circular nos horários de pico com intervalo médio de 3 minutos e 30 segundos. Serão utilizados trens da série 9500.

No serviço do Trem Intermetropolitano entre Francisco Morato e Campinas deverão operar até nove trens no horário de pico com intervalo médio de 15 minutos. A operação deverá ser realizada com composições de desempenho semelhante aos trens da série 9500.

O concessionário irá formatar o novo sistema de energia de tração que, segundo as previsões da consulta pública, deverá estar operando até 2026.

Fonte: Metro CPTM.