Foto: Adega Maziero
Foto: Adega Maziero

O vinho produzido pela Adega Maziero, em Jundiaí, foi reconhecido pela Igreja Católica como Vinho Canônico ou Vinho de Missa, podendo ser usado em qualquer celebração católica.

Com 60 anos de tradição, o vinho de mesa suave produzido pela família de Clemente Maziero já é conhecido na comunidade religiosa. Em 2007, o Papa Bento XVI usou o vinho em uma missa em sua visita ao Brasil. Em 2013, a bebida foi escolhida para servir as missas e as refeições do Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro.

Segundo Clemente, dono da vinícola que atualmente produz quase 30 mil litros por ano, conta que o vinho de mesa suave é o mais vendido no local. “Alguns falam que querem tomar o vinho do Papa, outros que querem tomar o vinho do padre, então é um vinho que sai muito, sim”.

Certificação

O Bispo Diocesano de Jundiaí, Dom Arnaldo Carvalheiro, emitiu um certificado reconhecendo o vinho como vinho canônico. Para tanto, foi feita uma análise da bebida em um laboratório de uma faculdade em Campinas (SP).

Entre os requisitos que devem ser atendidos está o grau de pureza, que foi atestado após a análise, indicando que ele é produzido sem praticamente nenhum conservante.

Segundo explicou o vigário judicial ao g1, padre Márcio Odair Ramos, o vinho também atende às determinações que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) discriminou em fevereiro deste ano para os produtores de vinhos canônicos. “Que se respeite a legislação brasileira, que não haja trabalho escravo, que os colaboradores recebam o salário adequado e de acordo com o piso salarial estabelecido”.

Com isso, a projeção é de que o vinho feito de uva Niágara Rosada, que já era vendido para cerca de 180 paróquias da região, chegue a ainda mais igrejas.

“A ideia é que se use mais [o vinho]. Uma vez que é uma graça ter um produto tão bom na nossa região, na nossa Diocese, que os nossos padres, que os nossos presbíteros, os conventos que existem aqui na Diocese de Jundiaí consumam desse produto”, fala padre Márcio.