CAPSI de Várzea Paulista ampara saúde mental de crianças e adolescentes

O Centro de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil (CAPSI), próximo à praça Castro Alves, na Vila São José, em Várzea Paulista, atende crianças e adolescentes analisados como graves e severos com sofrimentos psíquicos e vícios em álcool e drogas.

A equipe multiprofissional em saúde mental é responsável por acolher o paciente e ponderar o melhor projeto terapêutico para sua melhora, seja entrando em contato com quem cerca o usuário, como a escola e família ou até mesmo inserindo-o em ambientes com vida social, como bibliotecas, parques e rodas de conversas. “Cada caso é um caso, pensamos sempre no contexto todo da saúde mental para evitarmos que a criança ou o adolescente fique como o problema, eles são um reflexo do que está acontecendo”, afirma a coordenadora de saúde mental e gerente do CAPSI, Sandra Cristina Silvetrini.

O serviço foca em projetos terapêuticos que requerem uma dinâmica diferente, como uma atividade lúdica, passeio no parque, ou até mesmo festas típicas para promoverem uma convivência social, como a confraternização de fechamento de ano, que contou com atividades, gincanas e oficinas.  “Quando os pacientes entram aqui, primeiro você acolhe, para depois ver a queixa e a situação. Para depois elaborar um projeto terapêutico que auxilie essa criança ou adolescente. Como cada caso é singular, não temos um método rígido, sempre analisamos o contexto onde ele está inserido”, afirma a coordenadora da equipe.

Prezando assistir todos pacientes, a equipe de profissionais também faz visitas domiciliares, todas as quintas-feiras, a fim de alcançar a todos. “Às vezes demoramos meia hora de carro para chegarmos à casa da pessoa. Como vamos falar para vir toda semana, se ela não tem condições?” indaga Sandra, e complementa: “Fazemos este atendimento domiciliar, para, também, ganhar a confiança e ver a realidade da pessoa.”

Segundo os profissionais, muitos casos de depressão e isolamento aumentaram com a pandemia. Antes o CAPSI atendia 25 crianças e atualmente já realiza o trabalho com 65 jovens.  “Os responsáveis devem ter contato com seu filho, os pais devem ouvir e entender mais, devem mostrar que querem estar com a criança, devem, também, entender que ele é alguém que tem desejos, vontades e frustrações”.

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Os responsáveis devem, primeiramente, procurar uma UBS para avaliação e indicar a situação. Lá será realizado um acolhimento para analisarem o melhor tipo de tratamento e assistência, se for necessário, a criança ou adolescente é encaminhado para o CAPSI.