Morro do Mursa após o incêndio. (Foto: Mauro Utida)
Morro do Mursa após o incêndio. (Foto: Mauro Utida)

Desde às 19h de segunda-feira (14), cerca de 30 homens se revezaram em uma força-tarefa para combater o incêndio na Serra do Mursa. O trabalho que durou 96 horas, terminou no final da tarde desta sexta-feira (18).

Em nota, a Prefeitura de Várzea Paulista informa que o incêndio foi extinto. “A Defesa Civil municipal vistoriou os principais pontos do Mursa nesta sexta-feira para assegurar a inexistência de mais pontos de ignição do fogo”, informa.

Mursa após incêndio. (Foto: Mauro Utida)
Mursa pós-incêndio. (Foto: Mauro Utida)

A queimada no Mursa consumiu uma área de 2,5 milhões de metro quadrado, que abrange Várzea Paulista, Campo Limpo Paulista, Jundiaí e parte da mata de eucalipto que fica na divisa com Franco da Rocha.

A causa do incêndio ainda está sendo investigada e, inicialmente, a investigação trabalha com a hipótese que o fogo teve início pelo lado de Jundiaí.

Não é a primeira vez que o Mursa enfrenta um incêndio, mas o deste ano chamou a atenção devido as proporções. A área de vegetação rasteira, típica do cerrado, virou cinzas. Ainda não há a informação sobre o impacto da perda da fauna local, porém a cachorra “Darlene”, que vive na casinha da antena, sobreviveu.

Força-tarefa

Combate ao fogo no Mursa. (Foto: Divulgação)
Combate ao fogo no Mursa. (Foto: Prefeitura de Várzea Paulista)

Vale o destaque para os 30 homens que se revezaram nesta força-tarefa com a missão de apagar um dos maiores incêndios registrados na região de Jundiaí.

O empenho foi desenvolvido pelas equipes de Várzea Paulista: Defesa Civil, Guarda Civil Municipal Ambiental, Corpo de Bombeiros Militares, Grupamento de Bombeiros Civis Voluntários de Várzea Paulista e integrantes do grupo Amigos da Serra do Mursa. Além do apoio do 19º Grupamento de Bombeiros de Jundiaí, que atende a cidade.

Legislação

A única legislação vigente no Mursa é o Plano Diretor Municipal de Várzea Paulista, que estabelece 8.997.045 m² como zona de proteção ambiental e 2.340.753 m², como zona de preservação ambiental.

Apesar de ser chamado de Serra do Mursa, este morro que abrange Várzea Paulista, Campo Limpo Paulista e Jundiaí faz parte da Serra dos Cristais e está conectado ao Cinturão Verde do Estado de São Paulo – pertencente a Biosfera da Mata Atlântica – que faz ligação até a Serra do Mar. Este corredor verde é uma importante ligação para a circulação de animais silvestres.

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Entradas fechadas

No início do segundo semestre desde ano, as entradas de acesso ao Mursa, em Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista, foram fechadas e apenas pessoas autorizadas podem acessar a área. 

O fechamento da área aconteceu após iniciar uma grande aglomeração de pessoas no alto do morro durante a pandemia. Além disso, aos finais de semana e feriados, dezenas de forasteiros acampavam na área e cortavam árvores para virar fogueiras.

Diante desta situação foi criado o movimento Amigos do Mursa, com o apoio de proprietários da área, para que possam  fiscalizar a área. Muitos destes integrantes participaram voluntariamente no combate ao fogo, nesta semana.