A Prefeitura de Várzea Paulista já registrou mais de 100 tentativas de fraude durante a campanha de imunização contra Covid-19 para idosos. De acordo com o órgão, dos 137 cadastros para agendamento da vacinação, apenas 15 faziam parte da faixa etária determinada pela campanha. Ou seja, 122 pessoas mentiram a idade no cadastro.
As falsificações aconteceram durante os cadastros de idosos com 90 anos ou mais, na segunda-feira (8). Cerca de 150 pessoas se inscreveram para a imunização por dia, desde o dia 4 de fevereiro.
Ainda de acordo com a prefeitura da cidade, familiares de idosos com 70 anos ou mais foram responsáveis pela maior parte dos cadastros com dados incorretos.
Assim, os responsáveis dispensaram os idosos com faixa etária diferente do foco do plano de imunização. Também os orientaram a reagendar a vacinação, assim que liberarem a faixa etária correta.
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No momento da aplicação da vacina, a apresentação de documentos pessoais é obrigatória. Dessa forma os profissionais da saúde puderam identificar a idade que não correspondia com a faixa etária prioritária na vacinação.
Em nota, a Prefeitura de Várzea Paulista reforçou que pessoas fora da faixa etária não receberão a dose da vacina, e que quem “furar-fila” pode responder ao Ministério Público. Além disso, o órgão lamentou o ocorrido e pediu para que os moradores da cidade respeitassem a ordem de prioridade.
Projeto de criminalização
Nesta quinta-feira (11), a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que criminaliza o ato de furar a fila para ser vacinado. Agora, o texto segue para análise do Senado.
De acordo com a proposta, o ato seria caracterizado como um novo tipo de crime, chamado “infração a plano de imunização”. O projeto prevê a pena de um a três anos de detenção e multa. Essa pena pode aumentar em um terço, caso envolva falsificação de documentos, como atestados.
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