
Na manhã da última segunda-feira (23), em São Paulo, o presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, oficializou o lançamento da terceira etapa do programa “Brasil Mais Produtivo”, que visa promover a transformação digital de micro, pequenas e médias empresas, tornando-as “fábricas inteligentes”.
O evento ocorreu na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), com a presença dos presidentes das entidades, Josué Gomes e Rafael Cervone, além de outras autoridades e líderes do setor industrial.
O programa, inicialmente lançado em janeiro de 2024, tem como objetivo digitalizar 93 mil empresas até 2027 e alcançar cerca de 200 mil por meio de sua plataforma.
A iniciativa envolve diversos órgãos, como o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), a Embrapi (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial).
Alckmin ressaltou que estão sendo investidos R$ 2 bilhões no programa. “Nós precisamos recuperar o mercado regional. É fundamental agregar valor. Não tem renda alta sem indústria e tecnologia.”
Elogios ao Governo Federal pelo presidente do CIESP
Rafael Cervone, presidente do Ciesp, destacou a relevância do anúncio para o setor industrial, comparando as medidas a políticas já adotadas no setor agropecuário, que contam com previsibilidade jurídica e planejamento de longo prazo.
Ele elogiou o Senai-SP, que desde junho de 2022, tem implementado o Programa Jornada de Transformação Digital, com mais de 20 mil empresas participantes, resultando em um aumento médio de 40% na produtividade e 15% na eficiência energética.
“Com a adoção dessa política de transformação digital nacionalmente, acho que o Brasil só tem a ganhar. Hoje o foco foi dado à micro, pequena e média empresa, que é de fato, quem alavanca o Brasil e gera empregos.”
Durante o evento, a Finep e o Senai Nacional firmaram um convênio, assim como o Sebrae e a ABDI.
Alckmin destaca o Programa de Depreciação Acelerada
O andamento do Programa de Depreciação Acelerada é uma demanda antiga das entidades representativas da indústria paulista. Desde 13 de setembro, empresas brasileiras de 23 setores podem aderir ao programa, que acelera a redução da tributação em um período de dois anos para empresários que adquirirem bens de capital, como máquinas, equipamentos e aparelhos novos.
Por meio desse programa, as empresas que adquirirem bens de capital poderão abater o valor nas declarações futuras de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), com o objetivo de modernizar o parque industrial brasileiro.
Cervone elogiou a medida. “São medidas importantes e que mostram a sensibilidade desse governo para a indústria. É pouco ainda, ele mesmo [Alckmin] admitiu isso, mas é um passo relevante em direção ao caminho certo.”
Reforma tributária e expectativas futuras
Segundo Alckmin, estudos demonstram que o crescimento econômico mais lento, principalmente no setor industrial, está relacionado ao Custo Brasil (custos como mão de obra, infraestrutura, burocracia, etc.), à baixa produtividade e aos baixos investimentos.
O presidente em exercício também se mostrou otimista com a Reforma Tributária, atualmente em tramitação no Congresso Nacional. “Os estudos do Ipea mostram que em 15 anos, o PIB pode crescer 12% a mais, depois que a Reforma Tributária estiver implantada”, destacou Alckmin.
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