
Diante das tensões políticas após os atos com pautas antidemocráticas de 7 de Setembro, e do discurso golpista do presidente Jair Bolsonaro durante as manifestações, dólar fechou em forte alta nesta quarta-feira (8). A moeda norte-americana subiu 2,93%, vendida a R$ 5,3276, e essa foi a valorização percentual diária mais intensa desde 24 de junho de 2020 (alta de 3,36%). O patamar de fechamento é o maior desde 23 de agosto (R$ 5,3802). Já a Bovespa recuou 3,78%.
Os mercados avaliaram os desdobramentos políticos de 7 de Setembro, como os protestos contra e a favor do governo do presidente Jair Bolsonaro que marcaram o feriado da Independência no Brasil. Os atos aconteceram em meio a embates do presidente com o Supremo Tribunal Federal (STF), e em um contexto de queda na popularidade e nas avaliações sobre a administração Bolsonaro e de uma acentuada crise econômica.
[tdj-leia-tambem]
Durante os atos, o presidente fez ameaças golpistas, ao atacar o sistema eleitoral brasileiro, integrantes do STF e governadores e prefeitos que tomaram medidas de combate ao coronavírus. Bolsonaro dirigiu os principais ataques ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, e afirmou que não irá cumprir decisões dele.
Segundo o G1, as ameaças de Bolsonaro foram repudiadas por governadores e parlamentares, com aumento de apoio a um possível impeachment do presidente.
Nesta terça-feira, em resposta aos ataques de Bolsonaro, o ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que “ninguém fechará” a Corte e que o desprezo a decisões judiciais por parte de chefe de qualquer poder configura crime de responsabilidade.