Cédulas de dinheiro espalhadas
Foto: Governo do Estado de São Paulo

Nesta quarta-feira (30), o presidente Jair Bolsonaro informou através de uma rede social que o salário mínimo em 2021 será de R$ 1.100. De acordo com ele, o valor estará em uma medida provisória que deve ser publicada no Diário Oficial da União.

Atualmente, o valor do salário mínimo no Brasil é de R$ 1.045. O novo valor deve valer a partir do dia 1º de janeiro do ano que vem. No entanto, ainda é necessária a aprovação do Congresso para efetivar a mudança.

“Assinarei ainda hoje MP que eleva o salário mínimo para R$ 1.100,00 (mil e cem reais), com vigência a partir de 1º de janeiro de 2021. É um aumento de 5,26% em relação ao valor atual (R$ 1.045) […] O valor de R$ 1.100,00 se refere ao salário mínimo nacional. O valor é aplicável a todos os trabalhadores, do setor público e privado, e também para as aposentadorias e pensões”, disse o presidente.

Esse valor atualizado informado por Bolsonaro está acima dos R$ 1.088, que foram previstos pelo governo na proposta de alteração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Essa proposta foi encaminhada para o Congresso Nacional no dia 15 de dezembro.

O valor previsto de R$ 1.067 para R$ 1.088 se deve ao crescimento da inflação nos últimos meses. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), 49 milhões de brasileiros têm o salário mínimo como referência.

Método de previsão

Marcelo Guaranys, secretário-executivo do Ministério da Economia, explica que o reajuste do salário mínimo está de acordo com o que foi feito em 2019. Assim, o governo usa uma previsão de INPC de 5,22% para o reajuste.
Segundo Guaranys, esse valor considera o valor fechado do índice até novembro e a última estimativa do boletim Focus, que foi divulgado pelo Banco Central na segunda-feira (28). Dessa forma, o salário mínimo deve ficar mais um amo sem alta real.
No caso do INPC superar a previsão do governo, há a possibilidade do salário mínimo ser ajustado novamente. Foi o que aconteceu em janeiro de 2020.

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Com informações do G1.