Carteira assinada aberta
Em maio, mais de 331 postos de trabalho foram fechados. (Foto: Agência Brasil)

Mais de 331 mil vagas de trabalho com carteira assinada foram fechadas em maio, informou na segunda-feira (29) o Ministério da Economia ao divulgar os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Foram 703.921 contratações em maio e 1.035.822 demissões.

Considerando os meses de março, abril e maio, foram fechadas 1,487 milhão de vagas formais.

Segundo o Ministério da Economia, em maio do ano passado, diferente do mesmo mês deste ano, o saldo entre contratações e demissões havia ficado positivo, com geração de 32.140 postos. Na comparação entre abril e maio de 2020, no entanto, o número de contratações aumentou em 14%.

O secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, afirmou que os números de maio mostram uma reação do mercado de trabalho em relação a abril e que podem ser comemorados.

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“É bom que se repita que qualquer emprego perdido não pode ser tido como algo positivo. Trabalhamos diariamente para que não tenha nenhum emprego a menos. No entanto, temos que deixar claro esse fator que nos parece auspicioso, que nos dá esperança, que é a reação clara do mercado de trabalho nesse mês de maio em comparação com o mês de abril”, afirmou.

No acumulado do ano, como informou o G1, o Brasil fechou 1.144.875 postos formais de trabalho. No mesmo período do ano passado o país havia gerado 351.063 vagas formais.

Setores

Em maio, o único setor que gerou postos de trabalho foi a agricultura, com 15.993 novas vagas. Veja as áreas que mais sofreram com desemprego:

  • Serviços: -143.479 postos de trabalho
  • Indústria geral: -96.912 postos de trabalho
  • Comércio: -88.739 postos de trabalho
  • Construção: -18.858 postos de trabalho

Programa de Manutenção do Emprego

Em abril, o governo federal publicou uma Medida Provisória com o objetivo de evitar uma perda maior de empregos. A MP autoriza que empresas reduzam a jornada de trabalho com corte de salário de até 70% num período de até três meses, desde que não haja demissão pelo tempo de vigência do acordo e pelo mesmo tempo depois que o acordo acabar.

De acordo com o Ministério da Economia, até o dia 26 de junho, mais de 11,6 milhões de trabalhadores aderiram ao programa.

  • Suspensão de contrato de trabalho: 5,423 milhões
  • Redução de 25%: 1,706 milhão
  • Redução de 50%: 2,144 milhões
  • Redução de 70%: 2,256 milhões
  • Intermitente: 167 mil

Com informações do G1.