Com privatizações, mais de 128 mil funcionários das estatais podem ficar desempregados
Com privatizações, mais de 128 mil funcionários das estatais podem ficar desempregados

A decisão do governo federal de privatizar 16 estatais vai atingir mais de 128 mil funcionários, sendo que a maioria prestou concurso público para ocupar a vaga. 

Na quarta-feira (22), o ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, anunciou uma lista com nove empresas da União que serão incluídas nos estudos do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), ou seja, para analisar a privatização. 

O Executivo incluiu no programa os Correios, que conta com mais de 103 mil funcionários, de acordo com dados oficiais do Painel das Estatais. No PPI entraram também a Telebras; Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF); Porto de Santos (Codesp); Serpro; Dataprev;, Empresa Gestora de Ativos; Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada; e Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo. 

E o estudo de mais sete estatais já está sendo realizado: Eletrobras, Casa da Moeda, Ceasaminas, Companhia Brasileira de Trens Urbanos, Empresas de Trens Urbanos de Porto Alegre, Porto de São Sebastião e Porto do Espírito Santo. Lotex, que não é estatal, também entraria no PPI.

Como ainda não foi definido pelo Congresso, a medida voltada aos funcionários não foi formalizada. Mas a expectativa é de que seja oferecido um Plano de Demissão Voluntária (PDV). 

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Ficará para 2020?

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que as desestatizações devem ficar para o próximo ano, pois a medida ainda deve ser ajustada e aprovada. E os processos começarão após a avaliação de custo-benefício, como explicou a secretária especial do PPI, Martha Seillier. 

Fonte: O Dia