
O dólar registrou, nesta segunda-feira (18), a sua maior cotação da história. A pequena alta de 0,3% foi suficiente para atingir R$ 4,21 para a venda e se tornar o valor mais elevado desde o início do Plano Real. O recorde anterior era de 4,1957 reais, atingido em 13 de setembro de 2018.
Dentre os motivos da escalada do dólar comercial frente ao real, iniciada na última semana, tem como principais razões instabilidade política em vizinhos como a Bolívia e o Chile, e a lentidão nas negociações do acordo comercial entre China e Estados Unidos.
Além disso, o julgamento do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre uma decisão que determinou o envio à corte de relatórios elaborados pelo antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), atual Unidade de Inteligência Financeira do Banco Central, foi ponto de atenção dos investidores.
O presidente do STF, Dias Toffoli, havia determinado que o BC enviasse à corte todos os Relatórios de Inteligência Financeira (RIF) e das Representações Fiscais para Fins Penais (RFFP) realizados nos últimos três anos, medida que pode colocar em risco informações privadas de mais de 600 mil pessoas.
No cenário internacional, logo ao início do dia, houve otimismo dos investidores em relação às negociações comerciais entre Estados Unidos e China, após a agência estatal chinesa Xinhua informar que os dois lados mantiveram “negociações construtivas” sobre o comércio entre os países.
Contudo, a CNBC, canal de televisão americano que cobre notícias sobre o mundo dos negócios, relatou que o humor em Pequim sobre o acordo comercial com os Estados Unidos é pessimista, devido à relutância do presidente norte-americano, Donald Trump, em retirar tarifas.
Com informações da Agência Reuters.