Cédulas de Dólar
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O dólar fechou em queda de 1,43%, cotado a R$ 4,9440, nesta segunda-feira (21), com a moeda brasileira tendo o melhor desempenho global no dia, diante do patamar elevado dos juros domésticos e da disparada dos preços das commodities. É a primeira vez que o dólar fecha abaixo de R$ 5 desde 30 de junho, quando o valor da cotação foi R$ 4,9728.

Segundo o g1, no exterior, os preços do petróleo têm alta de mais de 4% nesta segunda, com o Brent sendo negociado acima de US$ 110 o barril, pressionado pela guerra sem fim à vista na Ucrânia e com países da União Europeia considerando se juntar aos Estados Unidos em um embargo ao petróleo russo.

Os ministros das Relações Exteriores e da Defesa da União Europeia devem debater nesta segunda-feira novas sanções contra Moscou. Até o momento as importações europeias de gás ou petróleo russo não foram afetadas pelas represálias, o que teria um custo elevado para os europeus, que dependem em grande parte dos hidrocarbonetos russos.

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Os analistas também elevaram a estimava para a Selic no fim de 2022. Agora, projetam que a taxa pode chegar a 13% ao final do ano. Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2022 permaneceu em R$ 5,30.

Os juros em patamares elevados no Brasil e o diferencial em relação aos juros nos EUA e outras economias têm contribuído para o fluxo de dólares para o país e para a valorização do real em 2022. O Brasil possui atualmente a segunda maior taxa de juros reais no mundo, atrás somente da Rússia.