
Desde março de 2020 até fevereiro deste ano, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 16,3%, de acordo com levantamento feito pela CNN.
Centenas de produtos e serviços que deixaram a vida muito mais cara em um intervalo de tempo bem curto. Alimentos, combustíveis, energia, eletrônicos, materiais de construção e mesmo carros e bicicletas. Todos esses são itens que tiveram altas maiores do que 20% nesses dois anos.
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Dos 375 produtos e serviços que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acompanha mensalmente para chegar à variação média do IPCA, só 22 não foram reajustados ou tiveram queda de preço desde que a pandemia chegou. É menos de 6% do total. Na outra ponta, 242 tiveram aumentos superiores a 10%, ou 64% de tudo o que os consumidores brasileiros possam ter interesse ou necessidade de comprar.
“Foram dois anos bem atípicos, com aumentos muito expressivos e em categorias que pesam muito para as famílias, como os alimentos”, diz a economista Juliana Inhasz, professora da faculdade de economia e negócios Insper em entrevista concedida a CNN.
Comida
Das 50 maiores altas do período, 42 são alimentos. As frutas, em média, estão 36,7% mais caras, as carnes subiram 40,7%, o frango 41,8%, as folhas e verduras 53% e, os legumes, 60,7%.
No topo da lista da pandemia estão a cenoura, o mamão, o óleo de soja e a abobrinha, todos com aumentos superiores a 100% no acumulado dos últimos dois anos.
Energia, reforma e eletrônicos
O tijolo ficou 29% mais caro, as tintas (31,8%), os revestimentos, como pisos e azulejos (38%), e os materiais hidráulicos, que tiveram uma alta de 52%.
A energia elétrica sofreu em 2021 com o choque adicional da crise hídrica que secou as hidrlétricas. A conta de luz está hoje 33% mais cara que dois anos atrás.
O preço das televisões subiu 40,5% e, dos videogames, 44,1%. As geladeiras estão 32% mais caras.
Carro novo, usado e bicicleta
Pelos números do IPCA, um automóvel novo custa hoje 24% mais do que no início da pandemia e, um usado, 23%.
O preço das bicicletas subiu, em média, 25% nos últimos dois anos. As motos encareceram 19%, além de peças e serviços ligados aos veículos, como pneu, conserto e aluguel, também terem visto alta nos preços.