Homem sentado no chão segurando vários cartões de crédito, com calculadora e contas espalhadas ao lado, representando preocupação com dívidas e inadimplência.
Natal e Ano Novo elevam risco financeiro (Foto: Shisuka/Canva)

Com as festas de fim de ano se aproximando, o clima de celebração vem acompanhado de um alerta: a inadimplência deve crescer entre os brasileiros. Uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise, mostra que 33% dos consumidores que pretendem comprar presentes neste Natal já possuem contas em atraso — e 72% deles estão com o nome sujo. O estudo, realizado nas 27 capitais do país, revela ainda que 22% dos entrevistados costumam gastar mais do que o orçamento permite, especialmente os mais jovens.

O levantamento indica um cenário preocupante: 9% dos consumidores admitem que devem deixar de pagar alguma conta para conseguir comprar presentes, o que pode levar cerca de 14,8 milhões de brasileiros à inadimplência por causa dos gastos de fim de ano. As festas também pesam no bolso: 10% afirmam que podem atrasar alguma conta para participar das celebrações de Natal, e 11% para garantir a comemoração do Ano Novo. Entre as contas mais citadas como possíveis de atraso estão internet (17%), água e luz (11%), financiamento da casa (10%), telefone (10%), mensalidade escolar (9%) e TV por assinatura (9%).

O impacto do Natal anterior também aparece na pesquisa. Segundo o estudo, 22% dos consumidores que compraram presentes no Natal de 2024 ficaram com o nome sujo por causa de dívidas acumuladas, com valor médio de R$ 1.084. Além disso, o comportamento familiar influencia as escolhas: 41% dos pais escolhem os presentes junto com os filhos, enquanto 43% decidem sozinhos. Ainda assim, 22% dos entrevistados afirmam que podem deixar de pagar alguma conta para atender aos pedidos das crianças.

A combinação de compras impulsivas, pressão social e orçamento apertado reforça o alerta das entidades de consumo: é fundamental planejar os gastos para evitar começar 2026 no vermelho.