Presidente Rafael Cervone, do Ciesp
Foto: Divulgação/ CIESP

A localização do Brasil, longe dos principais focos de tensão geopolítica global, representa uma vantagem estratégica para o país, de acordo com Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

A declaração foi feita durante o Fórum Estadão Think “Desafios para a Inserção do Brasil no Mundo”, realizado em São Paulo nesta terça-feira (12). O evento foi promovido pelo jornal O Estado de S.Paulo em parceria com a Fiesp, Ciesp, Firjan e CNI.

Cenário internacional e oportunidades para o Brasil

No fórum em parceria com o Ciesp, segundo Tatiana, o contexto atual oferece oportunidades para o Brasil se inserir melhor no comércio global, apesar dos desafios. Ela destacou quatro tendências relevantes no cenário macroeconômico:

  1. Políticas industriais globais: O aumento de incentivos e a adoção de políticas industriais assertivas ao redor do mundo.
  2. Transformação digital: Tecnologias como Inteligência Artificial, Internet das Coisas e a digitalização da economia têm o potencial de elevar a produtividade e a competitividade do Brasil, alterando padrões de comércio internacional.
  3. Sustentabilidade e comércio: O país está bem posicionado para explorar suas credenciais de sustentabilidade, graças a uma matriz energética mais limpa do que a de seus concorrentes.
  4. Interseção entre políticas comercial e ambiental: A crescente conexão entre esses dois campos permite que o Brasil se destaque no mercado global.

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Presidente do Ciesp aborda caminho para o crescimento

O presidente do Ciesp, Rafael Cervone, também abordou os desafios e oportunidades do Brasil durante sua fala no evento. Ele ressaltou a necessidade de reformas tributária e administrativa para estimular o crescimento sustentável. Segundo Cervone, essas mudanças são cruciais para criar empregos, promover inclusão social e aumentar a renda da população.

Cervone, do Ciesp, destacou a importância de ampliar a produtividade e a inovação por meio de programas como o Nova Indústria Brasil (NIB) e o Programa de Depreciação Acelerada. Ele também enfatizou o potencial dos produtos industriais verdes e sustentáveis para posicionar o Brasil no mercado global.

Além disso, o presidente do Ciesp defendeu a expansão de iniciativas como o Acredita Exportação, que facilita a exportação por micro, pequenas e médias empresas com uma alíquota especial de devolução de tributos.

Brasil First: diplomacia e realismo

Aloísio Mercadante, presidente do BNDES, argumentou que o Brasil deve adotar uma abordagem pragmática em suas relações internacionais, priorizando os interesses nacionais. Ele defendeu a necessidade de instrumentos de defesa no contexto global, mas reforçou a importância da diplomacia e da promoção da paz.

“Não sou contra o ‘America First’, mas sou ‘Brasil First’. Precisamos negociar com realismo tanto com os EUA quanto com a China, sem nos envolvermos em uma nova Guerra Fria ou escalada comercial”, declarou Mercadante.

Globalismo como solução

Josué Gomes, presidente da Fiesp, destacou a relevância do globalismo para enfrentar desafios como pandemias e crises climáticas. Ele defendeu a cooperação global como um elemento indispensável para solucionar questões que afetam toda a humanidade.

“Não podemos acreditar no fim do globalismo. Desafios fundamentais, como a crise climática, exigem soluções globais”, afirmou Gomes, reforçando a necessidade de colaboração internacional.

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