O governo têm medidas prontas de estímulo para a economia para anunciar nos próximos dez dias, segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, ao portal Valor Econômico.
Ainda de acordo com o ministro, será divulgado na quinta-feira (18), as regras de liberação de recursos do PIS/Pasep e de contas do FGTS. Na semana que vem, seria a vez de uma cerimônia no Planalto para o “choque de energia barata”, com a abertura do mercado de gás.
Guedes disse ao portal Valor Econômico, que sua expectativa é liberar R$ 42 bilhões de FGTS, a serem sacados no mês de aniversário dos correntistas. No caso do PIS/Pasep, ele prevê que R$ 21 bilhões ficarão disponíveis, mas só R$ 2 bilhões devem ser efetivamente retirados pelos trabalhadores.
“Agora, com o avanço na tramitação da Previdência, podemos levar essas medidas adiante”, afirmou.
Um decreto presidencial transformará em decisão as recomendações do Conselho Nacional de Política Energética para reduzir o preço do gás natural. Questionado sobre a possibilidade de renovação antecipada das concessões de distribuidoras como Comgás (SP) e CEG (RJ), Guedes disse que esse é o caminho preferido pelo governo.
Mas, a extensão é contratual terá como contrapartida um incentivo ao mercado livre, dando maior possibilidade de escolha do fornecedor pelos clientes.
O ministro acredita que após 20 semanas consecutivas de redução nas projeções do mercado para o crescimento do PIB em 2019, a economia parou de piorar. “Estava caindo, mas já saímos do fundo do poço”.
Ainda segundo o ministro em entrevista ao portal Valor Econômico, o Banco Central e a Secretaria de Polícia Econômica mostram dados que já apresentam uma melhora significativa em indicadores de consumo e de empréstimos no sistema financeiro.
Notícias Relacionadas
LEIA TAMBÉM:
Acordo vai acabar com cobrança de ‘roaming’ entre países do Mercosul
Receita abre consulta a segundo lote de restituição do IR
Na chega a Santa Fe, onde ocorre a cúpula presidencial do Mercosul, Guedes e seus auxiliares defenderam uma abertura gradual da economia brasileira. O secretário do Comércio Exterior, Lucas Ferraz, disse que a ideia é chegar a dezembro com um plano de trabalho para a reestruturação da Tarifa Externa Comum (TEC).
Atualmente, as alíquotas de importação do bloco estão em 13,5%. Ferraz considera possível reduzir esta média para algo entre 6% e 7% gradualmente. “Mas boa parte disso no atual governo”, ressaltou.
O Brasil assume nesta quarta-feira (17) a presidência rotativa do Mercosul, até o fim do ano, e tem como prioridade a entrega do plano de revisão da TEC em seis meses. Seria o primeiro corte unilateral de tarifas significativas em 25 anos.
Fonte: O Valor Econômico
