
Dados de janeiro de 2021 do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados terça-feira (16), mostra um saldo positivo de 423 postos de trabalho em Jundiaí. No primeiro mês deste ano, houve 6.814 admissões e 6.391 demissões, considerando os setores de comércio, agropecuária, construção civil, indústria e serviços.
Os números surpreenderam o setor da indústria em Jundiaí, com a geração de 1.746 novos postos de trabalho e o saldo de 541 empregos criados, considerando a soma dos números da indústria de transformação e da construção civil.
Na região do Ciesp Jundiaí, composta por 11 municípios, a indústria de transformação e a construção civil geraram juntas, saldo positivo de 1.494 novos postos de trabalho. A regional do Ciesp compreende, além de Jundiaí, os municípios de Itatiba, Itupeva, Cabreúva, Cajamar, Campo Limpo Paulista, Morungaba, Jarinu, Louveira, Várzea Paulista e Vinhedo. Destes municípios apenas Louveira (-21) e Cajamar (-995) tiveram saldo negativo na geração de empregos.
Para o diretor titular do Ciesp Jundiaí, Marcelo Cereser, janeiro foi um mês atípico e reflexo da demanda aquecida do último quadrimestre de 2020, que teve um bom resultado devido aos programas sociais, como o auxílio emergencial, adiantamento do 13º salário aos aposentados e medidas para manutenção dos empregos.
“O aquecimento da economia no último quadrimestre do ano passado refletiu positivamente no mês de janeiro deste ano, que não costuma ter um saldo positivo. O mês de fevereiro deste ano ainda deverá sentir os reflexos positivos destas medidas, porém a partir deste mês de março o cenário novamente se torna incerto por conta do aumento dos casos da Covid19”, declara.
Para Cereser, o processo de recuperação deste ano ainda será lento e o cenário poderá ter uma melhora após o segundo semestre, com o avanço da vacinação contra o vírus em grande parte da população, principalmente nos grupos de risco que são a maioria dos pacientes internados em estado grave nos hospitais públicos e privados.
“Há um ano, o cenário de incerteza era ainda maior. Hoje temos expectativas de vacinação em massa até o final do ano, com grande parte das pessoas do grupo de risco vacinadas até o segundo semestre. Só com o controle da pandemia, a situação econômica do país poderá melhorar, refletindo nos setores da indústria, comércio e serviços”, destaca.