Moedas
Foto: Freepik

A economia brasileira cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2025 em comparação aos três primeiros meses do ano, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2 de setembro. O resultado contrasta com a alta de 1,3% registrada no primeiro trimestre, evidenciando uma perda de fôlego no Produto Interno Bruto (PIB).

O levantamento foi analisado pelo Sincomercio Jundiaí e Região, que fez alertas importantes aos empresários do comércio local.

Setores da economia: comércio estagnado

Entre os três grandes setores, a agropecuária registrou leve retração de 0,1%. A indústria cresceu 0,5% e os serviços 0,6%. No entanto, dentro do setor de serviços, o comércio ficou no “zero a zero”, sem crescimento em relação ao trimestre anterior.

Na ótica da demanda, o consumo das famílias avançou 0,5%, enquanto o do Governo caiu 0,6%. Já os investimentos tiveram forte queda de 2,2%. No setor externo, as exportações subiram 0,7% e as importações recuaram 2,9%.

Comparação anual reforça perda de ritmo

Na comparação com o mesmo período de 2024, o PIB cresceu 2,2%, mas esta foi a menor taxa de expansão desde o primeiro trimestre de 2022, ainda sob efeitos da pandemia.

O resultado foi sustentado pelo avanço de 10,1% da agropecuária, seguido pela indústria (1,1%) e serviços (2,0%). Mais uma vez, o comércio ficou abaixo da média, crescendo apenas 1,1%.

No acumulado de 12 meses até junho, o PIB apresentou alta de 3,2%, abaixo dos 3,5% registrados no período encerrado em março.

Juros altos e consumo em foco

Para o assessor econômico do Sincomercio Jundiaí e Região, Jaime Vasconcelos, a desaceleração era esperada.

“Mesmo que este juro alto seja necessário para conter a inflação, o custo dele é o freio que causa à economia, até por encarecer o crédito e reduzir o apetite de empresários e consumidores em adquirir novos financiamentos”, explica.

Segundo ele, o consumo das famílias, que representa quase dois terços da economia, foi determinante para evitar uma estagnação maior, sustentado pelo mercado de trabalho. Porém, a pressão de preços altos, endividamento e inadimplência ainda pesa no orçamento doméstico.

Comércio deve ligar o “sinal amarelo”

O presidente do Sincomercio, Edison Maltoni, faz um alerta ao setor varejista:

“Um ‘sinal amarelo’ deve ser ligado. Não apenas devido ao setor comercial não crescer neste segundo trimestre, mas também porque esta desaceleração da economia terá continuidade no segundo semestre de 2025. E sabemos que este período é de extrema importância ao setor, devido às datas especiais e a injeção do décimo terceiro no mercado, o que sempre ajuda a performance de vendas no último bimestre dos anos”, pontua.

Maltoni destaca que o cenário exige maior planejamento dos lojistas, principalmente no controle da liquidez do caixa, já que os juros devem seguir altos por mais tempo.

Principais pontos

  • PIB cresceu 0,4% no 2º trimestre, após alta de 1,3% no início do ano.
  • Comércio não registrou crescimento no período.
  • Consumo das famílias sustentou a atividade, mas investimentos caíram 2,2%.
  • Sincomercio alerta empresários para cautela e planejamento no segundo semestre

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